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"Bastardos dos Estados Unidos e da Ucrânia queimarão no inferno e no fogo terrestre", diz Medvedev

Vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia reagiu no Telegram aos ataques em Sebastopol

Dmitry Medvedev (Foto: TASS)

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MOSCOU, 23 de junho (Reuters) – Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, fez uma declaração forte no Telegram, condenando duramente os Estados Unidos e a Ucrânia pelo ataque em Sebastopol, na península da Crimeia, neste fim de semana.

Medvedev acusou os "bastardos" dos Estados Unidos de fornecerem munições de fragmentação aos "banderovtsy" (um termo pejorativo para nacionalistas ucranianos) e de ajudarem a Ucrânia a definir alvos civis. "Os bastardos de Kiev escolhem uma praia cheia de civis como alvo e apertam o botão", escreveu Medvedev. "Ambos queimarão no inferno; esperamos que não apenas nas chamas sacrais, mas, antes disso, no fogo terrestre."

O ataque, que Medvedev descreveu como um ato terrorista "astucioso e vil" contra o povo russo, ocorreu durante um feriado ortodoxo, o que, segundo ele, torna o incidente ainda mais desprezível. Medvedev comparou o ataque aos atentados de extremistas em Dagestão, afirmando que agora não há distinção entre as autoridades americanas, o regime de Kiev ou fanáticos insanos.

Ataque em Sebastopol

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Neste domingo, a Rússia acusou os Estados Unidos de serem responsáveis por um ataque ucraniano na Crimeia, utilizando cinco mísseis fornecidos pelos EUA. O ataque resultou na morte de quatro pessoas, incluindo duas crianças, e deixou outras 151 feridas.

Segundo o Ministério da Defesa russo, quatro dos mísseis do sistema Army Tactical Missile System (ATACMS), entregues pelos EUA e equipados com ogivas de fragmentação, foram abatidos pelos sistemas de defesa aérea, enquanto a munição do quinto explodiu no ar. Imagens transmitidas pela televisão estatal russa mostraram pessoas correndo de uma praia, algumas sendo carregadas em espreguiçadeiras.

Autoridades instaladas pela Rússia na Crimeia informaram que fragmentos de mísseis caíram pouco depois do meio-dia próximo a uma praia no lado norte da cidade de Sevastopol, onde moradores locais estavam de férias. O incidente gerou uma reação furiosa entre figuras públicas russas.

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Reações e Condolências

O governador instalado pela Rússia em Sebastopol, Mihail Razvozhaev, informou que o número de mortos é de quatro, com 144 feridos, dos quais 82 foram levados para hospitais. Entre os feridos estão 27 crianças. Médicos especializados estão sendo enviados de outras partes da Rússia. O Ministério da Defesa russo afirmou que responderá ao ataque de domingo, sem fornecer detalhes.

O Patriarca Ortodoxo Russo Kirill, um destacado apoiador da invasão, disse que "não há justificativa alguma para um ataque de mísseis contra civis" e expressou indignação pelo fato de o incidente ter ocorrido no feriado ortodoxo da Trindade. Medvedev ofereceu suas condolências às famílias dos falecidos e desejou uma rápida recuperação aos feridos.

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Implicações e Contexto

A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e agora considera a península do Mar Negro como parte integrante de seu território, embora países ocidentais a considerem parte da Ucrânia. O presidente russo Vladimir Putin enviou dezenas de milhares de tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, alegando ser uma medida defensiva contra um Ocidente hostil e agressivo. Ucrânia e o Ocidente dizem que a Rússia está travando uma guerra imperialista.

Os Estados Unidos começaram a fornecer à Ucrânia mísseis ATACMS de longo alcance, com um alcance de 300 quilômetros, no início deste ano. A Reuters não pôde verificar imediatamente os relatos de campo de batalha de ambos os lados.

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Putin repetidamente acusou os EUA de usar a Ucrânia para minar a segurança da Rússia, acusação negada por Kiev e seus aliados ocidentais, e advertiu sobre os crescentes riscos de um confronto direto entre Moscou e a aliança liderada pela OTAN.

Esta série de eventos intensifica ainda mais as tensões já elevadas na região, com potencial para consequências graves tanto em termos de conflito militar quanto de relações internacionais. Confira o post de Medvedev no X:

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