China limita exportação de componentes de drones para EUA e Europa após sanções estadunidenses

247 - A disputa comercial entre Estados Unidos e China ganhou um novo capítulo após Pequim iniciar restrições à exportação de componentes essenciais para drones destinados aos mercados americano e europeu. A medida é uma resposta às sanções impostas pelos EUA no início deste mês, que reforçaram os controles de exportação de equipamentos de fabricação de semicondutores e chips de armazenamento para empresas chinesas.

Fabricantes chineses de motores, baterias e controladores de voo estão limitando ou interrompendo as remessas. Autoridades chinesas também podem exigir que empresas locais detalhem seus planos de exportação antes de emitir novas licenças, destaca a Sputnik, citando a Bloomberg.

Com controle de cerca de 80% do mercado global de drones, segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a China detém uma posição estratégica no setor. As empresas americanas e europeias afetadas já buscam alternativas para garantir a continuidade de suas operações, mas fontes indicam que a substituição desses componentes pode ser difícil e demorada.

Impactos Econômicos e Geopolíticos - As novas sanções impostas por Washington reforçam as restrições sobre tecnologias avançadas, como chips de memória de alta largura de banda (HBM) e softwares para fabricação de semicondutores. Os EUA também estenderam suas regras para incluir equipamentos produzidos em países aliados.

Analistas alertam que as tensões podem afetar duramente as indústrias de manufatura, automotiva e tecnológica, especialmente devido à dependência global de cadeias de suprimentos interconectadas. "Os consumidores americanos já sentem o impacto através de preços mais altos e queda na renda real", destacou um estudo do Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA.

Pequim acusa Washington de violar as regras de mercado e alerta para possíveis repercussões globais. Em declarações anteriores, autoridades chinesas classificaram as tarifas e sanções como prejudiciais para ambas as economias e para o comércio global.