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      China prende três filipinos sob acusação de espionagem em meio a tensões crescentes entre os países

      Pequim afirma ter desmantelado rede de inteligência filipina

      Porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Guo-Jiakun (Foto: Crédito: MRE da China)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - As autoridades chinesas anunciaram a prisão de três cidadãos filipinos acusados de espionagem, alegando que os suspeitos entregaram informações sensíveis a um contato nas Filipinas. As informações são da agência Xinhua. 

      Os detidos confessaram as atividades, embora as investigações ainda estejam em andamento. Essas detenções ocorrem após a prisão de cidadãos chineses nas Filipinas sob acusações semelhantes, intensificando as tensões entre os dois países. ​

      O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, declarou que as autoridades judiciais tratarão o caso "estritamente de acordo com a lei" e protegerão os direitos e interesses legítimos dos envolvidos. 

      Guo também acusou as Filipinas de fabricar uma série de casos de espionagem contra cidadãos chineses, classificando essas ações como "atos típicos de estigmatização e politização baseados em presunção de culpa na ausência de evidências claras". Ele enfatizou que a China se opõe firmemente a essas ações e já apresentou protestos formais às Filipinas. ​

      Tensão crescente nas relações entre China e Filipinas

      As relações entre China e Filipinas têm se deteriorado devido a disputas territoriais no Mar do Sul da China e ao fortalecimento dos laços militares de Manila com Washington. Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA aprovou uma possível venda de 20 caças F-16 para as Filipinas, no valor de US$ 5,58 bilhões, com o objetivo de aprimorar as capacidades de patrulha territorial do país e melhorar a cooperação militar com os EUA. 

      Embora o governo filipino ainda não tenha recebido comunicação oficial dos EUA sobre a aprovação, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional das Filipinas, Jonathan Malaya, assegurou que a aquisição faz parte da modernização militar do país e não é direcionada contra nenhuma nação específica. ​

      Além disso, o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, durante recente visita a Manila, reafirmou o "compromisso inabalável" dos EUA com o tratado de defesa com as Filipinas e prometeu implantar capacidades avançadas para fortalecer a dissuasão de ameaças, incluindo a "agressão" chinesa. 

      Hegseth anunciou o envio de sistemas de mísseis NMESIS e veículos de superfície não tripulados para as Filipinas, além da realização de exercícios bilaterais de operações especiais. Essas ações visam reforçar a segurança regional em meio às crescentes tensões no Mar do Sul da China. ​

      Historicamente, as Filipinas mantêm uma relação próxima com os Estados Unidos, uma aliança que se fortaleceu ainda mais sob a administração de Donald Trump, que assumiu seu segundo mandato presidencial em 2025. 

      Essa proximidade tem sido um fator significativo nas dinâmicas geopolíticas do Sudeste Asiático, especialmente em relação às disputas territoriais e à crescente influência da China na região. ​

      Em resposta às crescentes tensões e relatos de assédio, a Embaixada da China em Manila emitiu um aviso de viagem, alertando os cidadãos chineses sobre os riscos de segurança aumentados nas Filipinas.

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