Ditadura Trump: servidores públicos denunciam condições de trabalho precárias; falta até papel higiênico
Servidores relatam falta de papel higiênico, água contaminada e ausência de planejamento no retorno presencial a escritórios federais
247 - Servidores federais dos EUA têm enfrentado uma série de problemas logísticos e estruturais no retorno presencial imposto pelo presidente Donald Trump. A ordem, emitida logo após sua posse, tem como objetivo declarado 'garantir produtividade' — mas também, segundo o próprio Trump, provocar demissões em massa para "tornar o governo menor e mais eficiente".
“Acreditamos que um número substancial de pessoas não comparecerá ao trabalho”, afirmou o presidente.
A volta forçada atingiu cerca de 1 milhão de trabalhadores que estavam em regime remoto ou híbrido. Muitos relatam terem sido enviados de volta para casa ao chegarem aos escritórios pelas condições dos escritórios: falta de estações de trabalho, reuniões feitas por videoconferência mesmo presencialmente, e até falta de itens básicos, como papel higiênico.
Em algumas unidades, como as da Administração Federal de Aviação, foi detectada a presença de chumbo na água. Há também casos de servidores obrigados a limpar banheiros e recolher lixo.
O retorno tem sido marcado por queda no moral, confusão e aumento da ineficiência, resultado da falta de planejamento do governo. Funcionários relataram ao jornal, sob anonimato por medo de retaliações, que o ambiente nas agências federais se tornou hostil e desorganizado.
Trump em guerra com servidores públicos
Desde o início de seu segundo mandato, o presidente Donald Trump tem implementado medidas que impactam significativamente os funcionários públicos federais.
Uma das ações mais controversas foi a assinatura de uma ordem executiva determinando que agências federais elaborassem planos para cortes em grande escala no funcionalismo público, com o objetivo declarado de economizar US$ 1 trilhão.
Além disso, Trump reintroduziu a "Schedule F", uma categoria que permite a reclassificação de funcionários públicos, facilitando contratações e demissões com base em critérios de lealdade política. Essa medida gerou preocupações sobre a estabilidade e a neutralidade política das agências federais.
O governo também ofereceu planos de demissão voluntária para mais de 2 milhões de funcionários federais, garantindo pagamento por oito meses àqueles que aceitassem deixar seus cargos. Essa iniciativa faz parte dos esforços para reduzir drasticamente o tamanho do governo dos Estados Unidos.
Por fim, Trump também assinou uma ordem executiva que encerra a negociação coletiva com sindicatos federais em agências envolvidas com a segurança nacional, afetando departamentos como Defesa, Assuntos de Veteranos e Energia. Essa ação foi recebida com forte oposição de sindicatos, que planejam medidas legais para contestá-la.
(Com informações são do jornal The New York Times)
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