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    Enviado dos EUA está otimista com negociações sobre Ucrânia e diz que Putin quer paz

    As autoridades norte-americanas e russas conversarão na segunda-feira

    Steve Witkoff em Washington 19/3/2025 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)
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    WASHINGTON (Reuters) - O enviado especial dos Estados Unidos Steve Witkoff expressou otimismo no domingo antes de negociações na Arábia Saudita sobre a guerra na Ucrânia, e disse acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, quer acabar com o conflito que já dura três anos.

    "Sinto que ele quer a paz", disse Witkoff à Fox News.

    Uma delegação dos EUA mantinha conversações no final do domingo na Arábia Saudita com autoridades ucranianas sobre um possível cessar-fogo parcial entre a Ucrânia e a Rússia. As autoridades norte-americanas e russas conversarão na segunda-feira, também na Arábia Saudita.

    "Acho que na segunda-feira, na Arábia Saudita, veremos um progresso real, especialmente no que diz respeito a um cessar-fogo no Mar Negro em relação aos navios entre os dois países. E, a partir daí, naturalmente gravitaremos em um cessar-fogo total de disparos", disse Witkoff.

    Putin concordou na semana passada em parar de atacar temporariamente as instalações de energia ucranianas, mas se recusou a endossar um cessar-fogo completo de 30 dias que o presidente Donald Trump esperava que fosse o primeiro passo para um acordo de paz permanente. A Ucrânia aceitou a proposta de 30 dias de Trump.

    Questionado sobre as críticas ocidentais a Putin, Witkoff disse acreditar que há dois lados em cada história e minimizou as preocupações dos aliados de Washington na Otan de que Moscou poderia ser encorajada por um acordo e invadir outros vizinhos.

    "Simplesmente não vejo que ele queira tomar toda a Europa. Esta é uma situação muito diferente da que existia na Segunda Guerra Mundial", afirmou Witkoff.

    CRIANÇAS UCRANIANAS

    Enquanto corta uma ampla gama de programas do governo dos EUA e a maior parte da ajuda externa, o governo Trump encerrou uma iniciativa financiada pelo governo, liderada pelo Laboratório de Pesquisa Humanitária da Universidade de Yale, que rastreava a deportação em massa de crianças da Ucrânia, segundo os parlamentares.

    O assessor de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, disse que os EUA estavam discutindo durante as negociações entre a Rússia e a Ucrânia sobre medidas de construção de confiança, incluindo o futuro das crianças ucranianas levadas para a Rússia durante o conflito.

    "Estamos conversando sobre uma série de medidas de construção de confiança. Essa é uma delas", declarou Waltz à CBS News.

    A Ucrânia classifica os sequestros de dezenas de milhares de crianças que foram levadas para a Rússia ou para o território ocupado pela Rússia sem o consentimento da família ou dos responsáveis como um crime de guerra que se enquadra na definição de genocídio do tratado da ONU.

    A Rússia afirma que está retirando pessoas voluntariamente e protegendo crianças vulneráveis da zona de guerra.

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