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Espanha adere à ação da África do Sul contra Israel por genocídio palestino

Corte Internacional de Justiça já decretou medidas provisórias ordenando que Israel tomasse medidas para prevenir o genocídio. Ao mesmo tempo, não ordenou um cessar-fogo em Gaza

Bandeira da Espanha (Foto: Pixabay)

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(Sputnik) - A Espanha entrou com uma ação na Corte Internacional de Justiça (CIJ) para se juntar à África do Sul em seu processo contra Israel por suposto genocídio na Faixa de Gaza, disse a CIJ nesta sexta-feira (28). 

"A Espanha, invocando o Artigo 63 do Estatuto do Tribunal, apresentou no Registro do Tribunal uma declaração de intervenção no caso referente à Aplicação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio na Faixa de Gaza (África do Sul x Israel)", disse o tribunal em um comunicado.

A Espanha baseia-se em seu status de parte na Convenção sobre Genocídio e exerce seu direito de intervir no processo, conforme o artigo 63, parágrafo 2 do documento, acrescentou o comunicado.

Em 29 de dezembro de 2023, a África do Sul entrou com uma ação na CIJ contra Israel por suposto genocídio na Faixa de Gaza. Em 26 de janeiro, a CIJ decretou medidas provisórias ordenando que Israel tomasse medidas urgentes para prevenir atos de genocídio e garantir o fluxo de ajuda humanitária para o enclave. Ao mesmo tempo, a CIJ não ordenou um cessar-fogo imediato em Gaza. No início de março, a nação africana voltou à CIJ para solicitar medidas provisórias adicionais contra Israel que abordassem a fome generalizada entre os palestinos na Faixa de Gaza sitiada. 

Em 10 de maio, a África do Sul dirigiu-se à CIJ com um pedido imediato de aplicação de medidas adicionais contra Israel. Nos dias 16 e 17 de maio, o tribunal realizou audiências sobre o assunto. Em 24 de maio, o tribunal ordenou que Israel parasse a operação militar na cidade mais ao sul de Gaza, Rafah, e tomasse medidas para garantir o acesso de missões para investigar as acusações de genocídio.

Em 7 de outubro de 2023, o movimento palestino Hamas lançou um grande ataque com foguetes contra Israel e violou a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras foram sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques de retaliação, ordenou um bloqueio completo de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar o Hamas e resgatar os reféns. Mais de 37.700 pessoas foram mortas e mais de 86.400 outras ficaram feridas nas operações militares de Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, segundo autoridades locais.

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