General russo assassinado pela Ucrânia ligou pandemia de Covid ao governo dos EUA, conta Pepe Escobar
Segundo o jornalista, a morte do militar russo pela Ucrânia terá consequências "consideráveis"
247 - Um ataque planejado pela agência de inteligência ucraniana SBU resultou no assassinato do Tenente-General Igor Kirillov, chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia. A explosão de uma bomba escondida em uma scooter elétrica em Moscou matou o general e seu assistente, transformando-se na operação mais audaciosa atribuída à Ucrânia em território russo.
De acordo com fontes da SBU, a explosão ocorreu na manhã desta terça-feira (17), quando Kirillov e seu auxiliar se aproximavam de um edifício residencial na avenida Ryazansky Prospekt. O Comitê de Investigação da Rússia confirmou a morte e abriu um inquérito por assassinato, considerando também a possibilidade de classificar o caso como terrorismo.
Reação russa e promessa de retaliação - A morte de Kirillov provocou forte resposta do governo russo. Dmitry Medvedev, ex-presidente e atual alto funcionário de segurança, prometeu retaliação “iminente” contra a liderança militar e política da Ucrânia. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, exaltou o trabalho de Kirillov, descrevendo-o como um defensor incansável dos interesses russos.
Moscou acusa Kiev de realizar uma série de assassinatos direcionados em solo russo, incluindo o assassinato da jornalista Darya Dugina e do blogueiro militar Vladlen Tatarsky. A Ucrânia argumenta que tais operações são parte de sua defesa contra a invasão russa.
Denúncias e histórico controverso - Kirillov ganhou notoriedade por suas declarações na mídia estatal russa, nas quais acusava os Estados Unidos de desenvolver armas biológicas e criar a Covid-19. Segundo o jornalista Pepe Escobar, o general afirmava que empresas como Pfizer e Moderna estariam envolvidas em supostos experimentos biológicos conduzidos na Ucrânia.
"O tenente-general Igor Kirillov, chefe das tropas de proteção Nuclear, Biológica e Química (NBC) da Rússia, foi assassinado em Moscou: um plano conduzido pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). Kirillov expôs a Covid-19 como um vírus criado pelo homem, desenvolvido pelo governo dos Estados Unidos; revelou que o governo dos EUA dificultou uma investigação sobre as origens da Covid; e denunciou o envolvimento da Pfizer e da Moderna nos jogos militares e biológicos dos EUA na Ucrânia. As consequências serão consideráveis", publicou Pepe Escobar no X, antigo Twitter.
Recentemente, promotores ucranianos acusaram Kirillov de ordenar o uso de armas químicas proibidas contra soldados ucranianos, incluindo o agente químico cloropicrina, um sufocante usado para incapacitar tropas. Em outubro, o Reino Unido impôs sanções ao general devido a essas alegações.
Investigação e cena do crime - Fotos divulgadas pela mídia mostram a entrada destruída do edifício onde a explosão ocorreu, com tijolos chamuscados e portas arrancadas. Corpos foram vistos sob lonas pretas na neve, enquanto investigadores russos reuniam evidências.
Kirillov estava listado no banco de dados ucraniano "Myrotvorets" como inimigo do Estado. Após sua morte, sua foto foi marcada com a palavra “Liquidado” em vermelho.
A morte do general aprofunda ainda mais as tensões entre Rússia e Ucrânia. Analistas acreditam que Moscou intensificará suas operações militares e de segurança em resposta, elevando os riscos de novas retaliações.
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