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Genocídio continua em Gaza e deixa mais 19 palestinos mortos

Os tanques israelenses avançaram em Tel Al-Sultan e os projéteis atingiram a zona costeira, onde milhares de palestinos, muitos deles já deslocados várias vezes, procuravam refúgio

Israel ataca comboio de ajuda alimentar em Gaza (Foto: Reuters)

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Por Nidal al-Mughrabi e James Mackenzie

JERUSALÉM/CAIRO (Reuters) - Oito soldados israelenses foram mortos no sul da Faixa de Gaza neste sábado, de acordo com os militares, enquanto as forças continuavam a avançar dentro e ao redor da cidade de Rafah, no sul, e os ataques atingiam diversas áreas de Gaza, matando pelo menos 19 palestinos.

Anteriormente, o braço armado do Hamas havia dito que os combatentes emboscaram um veículo blindado, matando e ferindo vários soldados israelenses, na área de Tel Al-Sultan, a oeste de Rafah, onde as forças israelenses avançam há semanas.

Os tanques israelenses avançaram em Tel Al-Sultan e os projéteis atingiram a zona costeira, onde milhares de palestinos, muitos deles já deslocados várias vezes, procuravam refúgio.

Apesar da crescente pressão internacional para um cessar-fogo, um acordo para pôr fim aos combates ainda parece distante, após mais de oito meses desde o início da guerra, em outubro.

Nos ataques aéreos israelenses contra duas casas na periferia da cidade de Gaza, moradores disseram que pelo menos 15 pessoas foram mortas. Outras quatro foram mortas em ataques separados no sul, segundo médicos.

Os militares israelenses disseram neste sábado que suas forças em Rafah, a cidade mais ao sul de Gaza, perto da fronteira com o Egito, capturaram grandes quantidades de armas, tanto acima do solo como escondidas na extensa rede de túneis construída pelo Hamas.

De acordo com eles, militantes dispararam, na sexta-feira, cinco foguetes a partir da área humanitária no centro de Gaza. Eles também afirmaram que dois caíram em áreas abertas em Israel e três ficaram aquém em Gaza.

“Este é mais um exemplo da exploração cínica da infraestrutura humanitária e da população civil como escudos humanos por organizações terroristas na Faixa de Gaza para os seus ataques”, disseram os militares.

O braço armado da Jihad Islâmica, Brigadas Al-Quds, declarou neste sábado que Israel só poderia recuperar seus reféns em Gaza se terminasse a guerra e retirasse as forças do enclave.

Um porta-voz das Brigadas Al-Quds fez as observações em um vídeo postado no Telegram.

A Jihad Islâmica é um aliado menor do Hamas, que liderou um ataque violento no sul de Israel em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 feitas reféns, segundo registros israelenses. Acredita-se que mais de 100 reféns permaneçam cativos em Gaza, embora, pelo menos, 40 tenham sido declarados mortos à revelia pelas autoridades israelenses.

Desde a trégua de uma semana em novembro, repetidas tentativas de conseguir um cessar-fogo falharam, com o Hamas insistindo no fim permanente da guerra e na retirada total de Israel de Gaza.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recusa-se a pôr fim à guerra antes que o Hamas seja erradicado.

Pelo menos 37.296 palestinos, sendo ao menos 30 deles nas últimas 24 horas, foram mortos na campanha militar de Israel para eliminar o Hamas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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