Governo Biden após ataque em Rafah: 'Israel deve tomar todas as precauções possíveis para proteger os civis'
O presidente americano pelo Partido Democrata tem enfrentado pressão dentro da sua legenda para reduzir o apoio ao governo israelense, responsável pelo genocídio de palestinos
Por Jarrett Renshaw e Moira Warburton
WASHINGTON (Reuters) - O governo Biden pediu a Israel que tome todas as precauções para proteger os civis após um ataque militar em Rafah matar dezenas de palestinos, enquanto lida com pedidos de alguns democratas para suspender remessas militares a Israel.
"Israel tem o direito de perseguir o Hamas, e entendemos que esse ataque matou dois terroristas do Hamas que são responsáveis por ataques contra civis israelenses", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.
"Mas, como já ficou claro, Israel deve tomar todas as precauções possíveis para proteger os civis."
Biden tem enfrentado uma crescente pressão dentro de seu próprio partido para reduzir o apoio a Israel, mesmo antes do ataque aéreo na noite de domingo que incendiou tendas e abrigos precários em um campo de Rafah, matando 45 pessoas.
Alexandria Ocasio-Cortez, uma importante parlamentar democrata da Câmara dos Deputados, chamou nesta segunda-feira o ataque de "uma atrocidade indefensável", acrescentando em uma publicação em mídia social que "já passou da hora de o presidente cumprir sua palavra e suspender a ajuda militar".
"Imagens horríveis e de cortar as entranhas vindas de Rafah na noite passada", disse a representante Ayanna Pressley em uma publicação na mídia social. "Por quanto tempo mais os EUA ficarão parados enquanto os militares israelenses matam e mutilam bebês palestinos?"
A representante Rashida Tlaib, única palestino-americana no Congresso, chamou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de "maníaco genocida".
Netanyahu disse nesta segunda-feira que o ataque não tinha a intenção de causar vítimas civis, mas deu "tragicamente errado".
Quase metade dos eleitores democratas desaprova a maneira como Biden lida com a guerra entre Israel e Hamas, mostrou pesquisa recente da Reuters/Ipsos.
Semanas de protestos contra a guerra em campi universitários aumentaram a pressão, e demandas mais amplas por um cessar-fogo permanente colocaram a campanha de reeleição de Biden na defensiva.
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