Guerra na Ucrânia "reacende os temores de uma catástrofe nuclear", diz Lula
Discursando na OIT, o presidente também condenou o genocídio palestino em Gaza: "não à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e não ao massacre na Faixa de Gaza"
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou, nesta quinta-feira (13), para o risco de que o conflito entre Ucrânia e Rússia acabe levando o mundo a uma hecatombe nuclear e defendeu a necessidade de se encontrar um caminho para a paz com justiça social. “Há um provérbio antigo que afirma: 'se queremos paz, temos que nos preparar para a guerra'. Ao lançar a pedra fundamental da OIT, nossos antecessores sabiam e subverteram essa lógica e consagraram o lema: 'se deseja a paz, não permita a injustiça'. Essa máxima é ainda hoje mais pertinente. As guerras na Ucrânia, em Gaza, e tantos outros conflitos esquecidos nos afastam desse ideal. Trabalhadores que deveriam dedicar suas vidas às famílias são direcionados às frentes de batalha, de onde não sabem se vão voltar e quem será o vencedor”, disse Lula durante a cerimônia de encerramento da 112ª conferência anual da OIT (Organização Mundial do Trabalho), em Genebra, na Suíça.
“Foi assim na Primeira Guerra Mundial, de cujos escombros saíram a Liga das Nações Unidas e a própria OIT. A Segunda Guerra Mundial terminou com 80 milhões de mortos, 3% da população da época, majoritariamente jovens com pouca idade. O ano de 2023 viu o gasto com armamento subir 7% em relação a 2022, chegando a uma soma de US$ 2,4 trilhões. A irracionalidade de um conflito na Europa reacende os temores de uma catástrofe nuclear. Em Gaza, há mais de 37 mil vítimas fatais, a maioria são mulheres e crianças. Este conflito também acumula o triste recorde de mortes de trabalhadores humanitários. Por isso, é importante afirmar: o mundo precisa de paz e tranquilidade, e não de guerra”, completou. “Não à guerra entre a Rússia e a Ucrânia e não ao massacre na Faixa de Gaza”, finalizou Lula.
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