Israel atacou quase 100 vezes e matou mais de 500 palestinos em 'zonas humanitárias' na Faixa de Gaza
Desde maio de 2024, 97 ataques atingiram região designada como segura pelo Exército israelense
247 - Uma análise publicada pela BBC Verify nesta quarta-feira (15) revelou que a chamada "zona humanitária" estabelecida por Israel na Faixa de Gaza foi alvo de 97 ataques desde maio de 2024, informa o jornal O Globo. A área, criada com o objetivo de oferecer segurança aos civis palestinos, inclui as cidades de Khan Younis e Deir al-Balah. Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas — aproximadamente metade da população do enclave — estejam abrigadas nessas regiões, enfrentando condições precárias, vivendo em tendas improvisadas, com infraestrutura limitada e acesso restrito a assistência humanitária.
De acordo com a reportagem da rede britânica, informações da mídia local indicam que mais de 550 pessoas morreram nesses ataques. Em resposta, o Exército israelense alegou que suas operações tinham como alvo combatentes do Hamas, acusando o grupo de violar o direito internacional ao usar civis como escudos humanos. Apesar das alegações, a BBC ressalta que não é possível confirmar se todos os ataques foram conduzidos por Israel, uma vez que o Exército reconheceu publicamente apenas 28 ofensivas desde o dia 6 de maio.
Essas descobertas vêm à tona em meio a um possível avanço nas negociações por um cessar-fogo entre Israel e Hamas. Mediadores no Catar afirmaram que as conversas estão nos "estágios finais", com foco na troca de reféns por prisioneiros e no envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Apesar do progresso, ambas as partes seguem trocando acusações sobre o atraso na formalização de um acordo.
O diretor da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou de forma categórica que "não há zona humanitária, muito menos uma 'zona segura' em Gaza".
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