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Netanyahu demite ministro da Defesa de Israel em meio à escalada do conflito no Oriente Médio

Com a saída de Yoav Gallant, o atual ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, assumirá o comando das Forças de Defesa de Israel (IDF)

Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters/Mike Segar)

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247 - Citando a ausência de confiança mútua, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a demissão de seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, um antigo rival dentro do Partido Likud. Em uma carta breve divulgada pelo gabinete de Netanyahu, segundo o jornal The Times of Israel, o primeiro-ministro informou a Gallant que “seu mandato terminará 48 horas após o recebimento desta carta” e agradeceu pelos serviços prestados à frente do Ministério da Defesa.

Ainda segundo a reportagem, a troca de comando ocorrerá com a nomeação de Israel Katz, atual ministro das Relações Exteriores, para assumir o posto deixado por Gallant. Gideon Sa'ar, que é um “ministro sem pasta”, será o novo responsável pela diplomacia israelense. Em uma declaração em vídeo, Netanyahu expressou sua insatisfação ao afirmar que “infelizmente, embora nos primeiros meses da guerra houvesse confiança e houvesse um trabalho muito frutífero, durante os últimos meses essa confiança rachou entre mim e o Ministro da Defesa”.

O primeiro-ministro revelou que as divergências sobre a condução da guerra foram um dos principais fatores para sua decisão, mencionando que Gallant tomou decisões e fez declarações que contradizem as deliberações do gabinete. Netanyahu foi enfático ao acusar seu ex-ministro de, indiretamente, favorecer os inimigos de Israel. 

“Fiz muitas tentativas de preencher essas lacunas, mas elas continuaram se alargando”, afirmou Netanyahu, destacando que essa falta de harmonia chegou ao conhecimento do público de maneira inaceitável e foi aproveitada pelos adversários do país. De acordo com Netanyahu, a maioria dos membros do governo concorda com sua análise da situação. 

A decisão ocorre em meio à crescente tensão na coalizão governamental de Netanyahu, particularmente em relação ao recrutamento de judeus  ultraortodoxos. Nesta segunda-feira (4), Gallant havia aprovado a incorporação de mais 7 mil judeus ultraortodoxos às Forças de Defesa de Israel (IDF).

A demissão de Gallant também surge em um momento delicado, enquanto a atenção dos Estados Unidos se volta para as eleições, o que poderá impactar o cenário político israelense e suas relações internacionais.

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