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      Resolução do Conselho de Segurança da ONU abre caminho para o fim da guerra na Ucrânia

      A curta resolução lamenta a perda de vidas no conflito “Rússia-Ucrânia” e pede um fim rápido ao conflito e paz duradoura

      Sede da ONU em Nova York 15/8/2014 REUTERS/Carlo Allegri (Foto: Carlo Allegri)
      Redação Brasil 247 avatar
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      NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira uma resolução elaborada pelos Estados Unidos sobre o terceiro aniversário da invasão da Rússia à Ucrânia que adota uma posição neutra em relação ao conflito, conforme o presidente norte-americano, Donald Trump, tenta mediar um acordo de paz.

      Até agora, o conselho com 15 membros foi incapaz de tomar alguma medida sobre o conflito na Ucrânia porque a Rússia tem poder de veto. A resolução dos EUA recebeu 10 votos a favor. França, Reino Unido, Dinamarca, Grécia e Eslovênia se abstiveram.

      “Essa resolução nos coloca no caminho da paz. É um primeiro passo, mas um passo crucial, do qual todos deveríamos ter orgulho”, disse a embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, ao conselho. “Agora precisamos usá-la para construir um futuro pacífico para Ucrânia, Rússia e a comunidade internacional.”

      A curta resolução lamenta a perda de vidas no conflito “Rússia-Ucrânia”, reitera que o propósito da ONU é manter a paz internacional e resolver disputas pacificamente e pede um fim rápido ao conflito e paz duradoura.

      As tentativas de mediação de Trump deixaram aliados europeus e a Ucrânia cautelosos com seu foco na Rússia e preocupados que eles possam ser excluídos de negociações de paz.

      A embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, disse ao conselho que os termos de paz na Ucrânia são importantes e precisam “enviar uma mensagem de que a agressão não compensa”.

      “É por isso que não pode haver equivalência entre Rússia e Ucrânia em como esse conselho se refere a esta guerra. Se formos encontrar um caminho para a paz sustentável, o conselho precisa ser claro sobre as origens da guerra”, afirmou.

      ASSEMBLEIA GERAL REJEITOU A POSIÇÃO DOS EUA

      Mais cedo, a Assembleia Geral da ONU, composta por 193 membros, rejeitou a tentativa dos EUA de enfraquecer a posição de longa data do órgão mundial, que apoia a soberania, a independência, a unidade e a integridade territorial da Ucrânia e pede uma paz justa, duradoura e abrangente, de acordo com a Carta da ONU. 

      A Assembleia Geral adotou duas resoluções, uma elaborada pela Ucrânia e pelos europeus e outra elaborada pelos EUA, que foi emendada pela assembleia para incluir a linguagem de apoio à Ucrânia. Esses votações deram à Ucrânia e aos países europeus uma vitória diplomática sobre Washington.

      "Essa guerra nunca foi apenas sobre a Ucrânia. É sobre o direito fundamental de qualquer país existir, escolher seu próprio caminho e viver livre de agressões", disse a vice-ministra das Relações Exteriores da Ucrânia, Mariana Betsa, à assembleia antes da votação. 

      A resolução elaborada pelos EUA que acabou emendada recebeu 93 votos a favor e oito contra, com 73 abstenções. A Rússia não conseguiu emendar o texto dos EUA para incluir uma referência às "causas fundamentais" do conflito. 

      A resolução elaborada pela Ucrânia e pelos países europeus foi aprovada com 93 votos a favor, 65 abstenções e 18 votos contrários. Juntamente com os Estados Unidos, outros países que votaram contra foram a Rússia, a Coreia do Norte e Israel.

      "Hoje, nossos pares americanos viram por si mesmos que o caminho para a paz na Ucrânia não será fácil, e haverá muitos que tentarão garantir que a paz não chegue pelo maior tempo possível. Mas isso não deve nos impedir", disse o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, à assembleia.

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