Rússia diz ter interceptado mísseis americanos lançados pela Ucrânia e promete retaliação
Ataque foi classificado por Moscou como uma "linha vermelha" no conflito em curso e prometeu "represálias"
247 - O Exército russo anunciou neste sábado (4) ter interceptado oito mísseis táticos ATACMS, de fabricação norte-americana, lançados pela Ucrânia contra seu território. O ataque foi classificado por Moscou como uma "linha vermelha" no conflito em curso, aumentando as tensões entre as duas nações e prometendo "represálias" severas. A informação, reproduzida pelo jornal O Globo, foi divulgada pela agência de notícias AFP, ressaltando que o uso desses mísseis por Kiev foi autorizado pelos Estados Unidos em novembro do ano passado.
"Os meios de defesa aérea derrubaram oito mísseis táticos operacionais ATACMS de fabricação americana e 72 drones", afirmou o Exército russo em nota oficial. No entanto, não foram especificados possíveis danos materiais ou vítimas decorrentes da ação. Em resposta, a Rússia lançou pela primeira vez a arma hipersônica experimental "Oreshnik", um marco significativo na escalada bélica.
Uma escalada apoiada pelo Ocidente - Desde que os Estados Unidos deram luz verde ao uso de mísseis de longo alcance, a Ucrânia intensificou seus ataques, utilizando não apenas os ATACMS, mas também mísseis britânicos Storm Shadow. Para Moscou, essa ofensiva reflete o apoio direto das potências ocidentais a Kiev. "Estas ações do regime de Kiev, que conta com o apoio de seus guardiões ocidentais, serão alvo de represálias", declararam as forças russas.
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou atacar o centro de Kiev caso os ataques com mísseis continuem. Embora essa ameaça ainda não tenha sido concretizada, ela ilustra o aumento das tensões geopolíticas e militares.
Mudança de postura nos Estados Unidos - A autorização para o uso dos mísseis ATACMS foi concedida pela administração Biden no final de seu mandato, sob a justificativa de que seria uma resposta ao envio de tropas norte-coreanas em apoio às forças russas. No entanto, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, criticou abertamente essa decisão, classificando-a como uma "escalada perigosa". Trump, que assume a presidência em 20 de janeiro, prometeu rever o apoio militar à Ucrânia.
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