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Teerã pede ações internacionais contra “impunidade” israelense após explosões no Líbano

Governo iraniano e Hezbollah acusam Israel de ciberataques que resultaram em mortos e feridos; tensão no Oriente Médio aumenta

(Foto: Reuters/Leonhard Foeger)

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247 – Nesta terça-feira (17), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, fez um apelo enfático à comunidade internacional para que tome medidas contra o que ele chamou de "impunidade" do governo israelense, após uma série de explosões de dispositivos de comunicação no Líbano. A informação foi divulgada pela agência Sputnik Brasil, que detalhou os eventos que agravam ainda mais a já frágil situação no Oriente Médio.

“Confrontar as ações terroristas do regime e as ameaças decorrentes delas é uma necessidade evidente, e a comunidade internacional deve agir prontamente para combater a impunidade dos oficiais criminosos sionistas”, declarou Kanaani, enfatizando o impacto destrutivo das explosões no Líbano e responsabilizando diretamente Israel pelos atos.

Explosões em massa e o impacto no Líbano

De acordo com o ministro da Saúde libanês, Firas al-Abyad, as explosões resultaram na morte de pelo menos 11 pessoas, incluindo uma criança, e feriram mais de 4 mil. O governo libanês e o grupo Hezbollah, que controla grande parte do sul do país, acusaram Israel de realizar ciberataques que levaram à detonação de centenas de pagers usados como sistema de comunicação fechado pelo Hezbollah.

O Hezbollah utiliza esses dispositivos há anos, devido à sua resistência a invasões e espionagem, mas o motivo exato para a explosão em massa dos equipamentos permanece desconhecido. Fontes ouvidas pelo portal Axios afirmam que a detonação dos pagers foi deliberada e aprovada durante reuniões estratégicas entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu gabinete de segurança.

A escalada de um conflito cibernético

Os recentes eventos indicam uma escalada nas táticas utilizadas no confronto entre Israel e Hezbollah. Em vez de ataques convencionais, Israel teria optado por atacar o sistema de comunicação libanês em uma tentativa de desestabilizar as operações do grupo armado, que é apoiado pelo Irã. “Este ato terrorista combinado, que é, de fato, uma forma de matança em massa, prova claramente que o regime sionista está colocando a paz e a segurança regional e internacional em sério risco”, acrescentou Kanaani, refletindo o tom belicoso da resposta iraniana.

As acusações de ciberataques são particularmente sensíveis, uma vez que o Líbano, já fragilizado por uma grave crise econômica, vê sua infraestrutura de comunicações ser abalada, o que pode agravar ainda mais a tensão social e política no país.

Resposta internacional e implicações

Enquanto a comunidade internacional ainda não se manifestou oficialmente, o apelo iraniano coloca em evidência as tensões no Oriente Médio e destaca a vulnerabilidade de estados menores, como o Líbano, que se tornam palco de conflitos indiretos entre potências regionais.

Resta saber como a ONU e outras potências globais reagirão a essa nova fase de confrontos, que pode envolver uma perigosa mistura de guerra cibernética e violência convencional, afetando ainda mais a estabilidade no Oriente Médio.

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