Tragédia de Mariana: Justiça britânica inicia nesta segunda julgamento bilionário contra a BHP Billiton
Processo envolve 620 mil brasileiros; ação coletiva pede indenização de R$ 230 bilhões por rompimento da barragem de Fundão
247 - Começou nesta segunda-feira (21/10), em Londres, o julgamento da ação movida por 620 mil vítimas do desastre de Mariana contra a mineradora BHP Billiton. O processo busca responsabilizar a empresa pela tragédia de 2015 e pede uma indenização de R$ 230 bilhões, destaca a Agência DW. A barragem de Fundão, operada pela Samarco — joint venture entre BHP e Vale —, rompeu, despejando milhões de metros cúbicos de lama tóxica que devastaram o meio ambiente e causaram a morte de 19 pessoas.
Previsto para durar até março de 2025, o julgamento pode criar um precedente global para a responsabilização de empresas por danos ambientais causados em outros países. O escritório Pogust Goodhead, que representa as vítimas, destaca que essa é a maior ação coletiva já julgada pela Justiça britânica, com o potencial de afetar outros casos ambientais no Brasil, como Brumadinho e poluições em Alagoas e Pará.
A BHP, em sua defesa, alega que a ação no Reino Unido duplica os esforços de reparação já em curso no Brasil. No entanto, as vítimas seguem firmes em busca de justiça internacional, esperando que a mineradora seja responsabilizada pela devastação que impactou milhares de vidas e comunidades tradicionais. Caso a empresa seja condenada, o valor da indenização será definido em um novo julgamento, previsto para 2026.
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