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    Trump promete fronteira "forte e poderosa" e diz que fará "deportação em massa" custe o que custar

    “Não é uma questão de custo. Realmente, não temos escolha”, afirmou o presidente eleito dos EUA em sua primeira entrevista após a vitória

    Donald Trump (Foto: Reuters/Callaghan O'Hare)

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    247 - Em sua primeira entrevista após vencer as eleições, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou à NBC News seu compromisso de adotar medidas rigorosas contra a imigração irregular. Trump declarou que uma de suas principais prioridades ao assumir o cargo será reforçar a segurança nas fronteiras e implementar uma operação de deportação em massa, relata o jornal O Globo. Questionado sobre os desafios financeiros que a medida pode acarretar, o republicano foi enfático: “não é uma questão de custo. Realmente, não temos escolha”, afirmou ele, indicando que seu governo fará o que for necessário para pôr em prática sua política de imigração.

    Trump, que derrotou a vice-presidente Kamala Harris em uma corrida marcada pela insatisfação generalizada com a administração democrata, vê o resultado das urnas como um sinal de que o eleitorado aprova suas promessas de campanha. Ele enfatizou a necessidade de “trazer o bom senso” ao país e reforçar a segurança nas fronteiras, ideia que ganhou força entre os eleitores, especialmente em segmentos que tradicionalmente apoiavam os democratas. “Queremos que as pessoas venham para o nosso país, mas precisam vir legalmente, com amor pelo país”, afirmou Trump, destacando que seu plano de deportação tem como objetivo combater a suposta criminalidade associada a imigrantes irregulares.

    Desafios logísticos e apoio federal - Analistas apontam que a implementação de um programa de deportação em massa exigiria uma extensa cooperação entre agências federais, incluindo o Departamento de Justiça e o Pentágono, além do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE). Patrick Lechleitner, diretor interino do ICE, já havia comentado à NBC, em uma declaração anterior, que as dificuldades logísticas e os altos custos tornam a medida um enorme desafio para qualquer administração. A promessa de Trump, no entanto, sugere que seu governo está disposto a investir os recursos necessários para levar adiante a iniciativa, vista por ele como uma questão de segurança nacional.

    Realinhamento eleitoral e impacto entre os latinos - Trump também comentou sobre o apoio que recebeu de grupos tradicionalmente democratas, incluindo eleitores latinos, jovens e sindicalizados. A vitória sobre Kamala trouxe mudanças significativas no perfil de seus eleitores, com o republicano alcançando oito pontos de vantagem entre homens latinos, uma diferença substancial em relação ao seu desempenho de 2020. O republicano afirmou que sua mensagem sobre segurança e economia foi determinante para atrair eleitores que, segundo ele, se sentiram “abandonados” pelo discurso progressista dos democratas.

    Economia como tema central - As pesquisas de boca de urna, divulgadas pela CNN, indicam que a economia foi o tema mais relevante para a maioria dos eleitores de Trump. A insatisfação com o rumo do país também teve um peso significativo: cerca de 75% dos eleitores expressaram descontentamento com o governo democrata, o que favoreceu a campanha de Trump. Já os eleitores que priorizaram a democracia como tema central apoiaram Harris, mas em menor número.

    Promessa de transição tranquila e contatos diplomáticos - Trump afirmou que recebeu ligações respeitosas tanto de Kamala Harris quanto de Joe Biden, que o parabenizaram pela vitória. Ele também revelou que pretende se reunir com Biden em breve para alinhar a transição de poder, garantindo que o processo seja o mais “tranquilo” possível. Além disso, o presidente eleito mencionou ter falado com líderes de diferentes países, como Benjamin Netanyahu, de Israel, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, sobre questões estratégicas e diplomáticas. Apesar de ainda não ter conversado com Vladimir Putin, a Rússia, Trump sinalizou que um diálogo entre ambos pode acontecer em breve, como parte de sua agenda de política externa.

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