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    Vice-presidente eleito dos EUA ameaça comprar Groenlândia; líder da ilha defende independência plena

    Já a Dinamarca planeja aumentar suas patrulhas militares no território

    Primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, durante abertura do novo escritório da Comissão Europeia em Nuuk, na Groenlândia - 15/03/2024 (Foto: Ritzau Scanpix/Leiff Josefsen via REUTERS)
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    247 - O vice-presidente eleito dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou em entrevista ao canal Fox News, exibida neste domingo (12), que "há um acordo a ser feito na Groenlândia", reforçando a intenção expansionista do presidente eleito, Donald Trump, de tornar os EUA proprietários da maior ilha do mundo.

    A Groenlândia, um território dinamarquês, é "realmente importante para os EUA estrategicamente" e possui "vastos recursos naturais", justificou Vance, acrescentando que a população local "quer ter autonomia para desenvolver" esses recursos. Segundo ele, Washington poderia conceder tal "autonomia". 

    No entanto, o território não abandonou suas aspirações independentistas. O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, exigiu na sexta-feira (10) mais respeito, durante uma coletiva de imprensa em Copenhague: "Temos um desejo de independência, um desejo de ser donos da nossa própria casa… Isto é algo que todos deveriam respeitar". 

    Ao mesmo tempo, ele disse estar pronto para conversar com Trump. Questionado se teve contato com o futuro presidente dos EUA, Egede respondeu, conforme citado pela Reuters: “Não, mas estamos prontos para conversar”.

    Enquanto isso, o governo da Dinamarca propôs comprar dois novos navios de inspeção do Ártico e aumentar as patrulhas de trenós puxados por cães para reforçar sua presença militar na Groenlândia, informou a agência na sexta. Copenhague também propôs modernizar o aeroporto em Kangerlussuaq, uma antiga base militar dos EUA no oeste da Groenlândia, para acomodar caças F-35. Além disso, já reservou 400 milhões de dólares para fortalecer a vigilância e a inteligência no Ártico e no Atlântico Norte com drones de longo alcance.

    Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro, disse na última terça-feira (7) que não descartaria o uso de ações militares ou econômicas para tornar a Groenlândia parte dos EUA. No mesmo dia, o filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr., fez uma visita à Groenlândia. 

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