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‘A democracia vive hoje seu momento mais crítico desde a II Guerra Mundial’, diz Lula

Presidente coordena, ao lado do líder espanhol, Pedro Sánchez, o debate "Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”

Lula em Nova York (Foto: Claudio Kbene/PR)

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247 – Nesta terça-feira, 24 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um evento global para discutir os desafios enfrentados pela democracia contemporânea. Lula, juntamente com o presidente de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, coordenou a mesa redonda intitulada “Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”, onde destacou o momento crítico que a democracia vive em todo o mundo.

“O cenário atual é o mais preocupante desde a II Guerra Mundial”, afirmou o presidente brasileiro ao iniciar seu discurso. Para ele, a democracia está sob ataque em diversas regiões, o que exige um esforço coordenado para que ela volte a ser reconhecida como o caminho mais eficaz para a conquista e efetivação de direitos fundamentais.

Durante sua fala, Lula destacou como exemplos de ameaças à democracia as ações violentas de grupos totalitários, a disseminação de notícias falsas e campanhas de desinformação, além de fatores históricos que ainda reverberam em algumas partes do mundo, como golpes militares na África. “No Brasil e nos Estados Unidos, forças totalitárias promoveram ações violentas para desafiar o resultado das urnas. Na América Latina, as notícias falsas corroem a confiança e afetam os processos eleitorais. Na Europa, uma mistura explosiva de racismo, xenofobia e campanhas de desinformação coloca em risco a diversidade e o pluralismo. Na África, golpes de Estado demonstram que o uso da força para derrubar governos ainda reflete resquícios do colonialismo”, detalhou.

Com um tom de urgência, o líder brasileiro enfatizou que retroceder frente aos ataques não é uma opção. “Recuar não vai apaziguar o ânimo violento de quem ataca a democracia para silenciar e retirar direitos”, afirmou. Segundo Lula, é necessário promover o pluralismo e a coesão social como bases para sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência.

O evento, que reuniu líderes e representantes de 20 países, além do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e do secretário-geral da ONU, António Guterres, teve como principal objetivo debater o fortalecimento das instituições democráticas e o enfrentamento de ameaças globais como a desigualdade, a desinformação e o extremismo.

O debate, idealizado por Lula e Sánchez, reflete o crescente reconhecimento da necessidade de esforços multilaterais para proteger as democracias e combater as forças que tentam miná-las. Como destacado por Lula, “a democracia em sua plenitude é base para promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas.”

A mesa redonda também abordou a importância de restaurar a confiança das populações em suas instituições e processos eleitorais, especialmente em tempos de grande polarização política. Com a presença de importantes figuras globais, o encontro reafirmou o compromisso dos líderes presentes em lutar pela preservação e pelo fortalecimento da democracia, não apenas como sistema de governo, mas como pilar essencial para a promoção de direitos humanos e a justiça social ao redor do mundo.

Este debate faz parte de uma série de iniciativas lideradas por Lula em foros internacionais, consolidando sua postura como um defensor global da democracia, da justiça social e do combate ao extremismo e à desinformação. Ao lado de Pedro Sánchez, o presidente brasileiro reafirma seu compromisso em colocar o Brasil na linha de frente dos debates sobre os desafios e o futuro da governança democrática no século XXI. Assista:

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