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Diante de crise com Pacheco, ala política do governo teme perder votação sobre o Perse no Senado

Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, dizem que não irão se responsabilizar por eventuais derrotas do governo no Legislativo

FErnando Haddad e Lula | Rodrigo Pacheco (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Jefferson Rudy/Agência Senado)

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247 - A ala política do governo Lula (PT) tem manifestado receio de derrotas em importantes votações no Congresso Nacional em decorrência do agravamento da crise entre os Poderes. Um dos pontos críticos é a votação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia e atualmente alvo de tentativas de redução por parte do governo.

Na semana passada, o presidente Lula conseguiu acertar pontos de interesse com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, uma nova missão se apresenta agora: conquistar o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), especialmente após tensões relacionadas à desoneração da folha de pagamentos. “Pacheco faltou a um evento em Minas Gerais ao lado de Lula exatamente para tratar do tema na última sexta-feira (26)”, diz o jornalista Valdo Cruz em sua coluna no G1.

Nesta linha, aliados do senador alertam que Lula teria quebrado um acordo com o Congresso ao vetar o projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão de obra. “Esses aliados dizem que, agora, não se responsabilizam por eventuais derrotas do governo no Legislativo”, destaca a reportagem. Além disso, os senadores apontam que a decisão do governo, apoiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), terá repercussões políticas na disputa das eleições municipais e em outras votações no Congresso. No STF, o placar está atualmente em cinco votos contra a prorrogação da desoneração, com um pedido de vista do ministro Luiz Fux.

O governo, porém, enxerga uma vantagem no feriado do Dia do Trabalho, nesta quarta-feira (1º), que esvazia o Congresso durante a semana, ampliando o tempo para negociações visando evitar a derrubada de vetos importantes no Orçamento deste ano e no projeto das saidinhas, sendo que, devido ao feriado, a sessão foi adiada para o dia 9.

Enquanto isso, no Senado, o governo trabalha para garantir a aprovação de uma versão reduzida do Perse. A Câmara dos Deputados aprovou que o programa passe de R$ 30 bilhões para R$ 15 bilhões anuais. A relatora do Perse no Senado, Daniela Ribeiro (PSDB-PB), vai propor a correção pela inflação nos próximos três anos do benefício fiscal.

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