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    Ex-ministros de Lula, FHC e Dilma criticam 'extorsão do Orçamento pelo Congresso'

    Tarso Genro, Aloysio Nunes, José Eduardo Cardozo, Renato Janine Ribeiro, Nelson Jobim e outros pedem o isolamento da direita radical nas eleições de 2026

    Palácio do Planalto e Congresso Nacional, em Brasília - 18/04/2013 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Ex-ministros dos governos Lula (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) lançaram o manifesto "Vamos em Frente", que denuncia o que chamam de “extorsão” do Orçamento pelo Congresso Nacional através de emendas parlamentares e prega o isolamento da extrema direita nas eleições de 2026, informa a Folha de S. Paulo.

    Com 83 assinaturas até esta quarta-feira (15), o documento reúne figuras como Tarso Genro, Cristovam Buarque, Aloysio Nunes Ferreira, José Eduardo Cardozo, Renato Janine Ribeiro e Nelson Jobim. Os signatários buscam formar uma frente ampla, envolvendo representantes da sociedade civil, acadêmicos, empresários e advogados, com o objetivo de ampliar o alcance do movimento por meio de uma plataforma online.

    A principal crítica do manifesto é direcionada às chamadas “bancadas oligárquicas e fisiológicas”, acusadas de manipular o Orçamento para benefícios próprios. As emendas parlamentares já consomem até 74% da verba de alguns ministérios, comprometendo o funcionamento das pastas e prejudicando a relação institucional entre Executivo e Legislativo.

    "Temos um objetivo muito concreto e específico, que é reconstruir a dignidade perdida do Congresso Nacional", explica Tarso Genro. Ele critica o que chama de "bloco político de extorsão orçamentária", que subjuga o Executivo a um "parlamentarismo perverso" e compromete a governabilidade, independentemente da orientação política do presidente eleito.

    O manifesto também faz um apelo ao campo democrático para que rejeite alianças com partidos e representantes da extrema direita e repudia qualquer aproximação com organizações que proponham regimes autoritários. Embora não cite nomes diretamente, o texto faz referência a Jair Bolsonaro (PL) ao mencionar o "legado perverso" do governo anterior, incluindo um déficit fiscal de R$ 782 bilhões, desmonte institucional, negação da ciência e incentivo à violência.

    O grupo afirma não ter intenção de apoiar um candidato específico à Presidência, mas busca influenciar a composição do Parlamento e estimular a união de forças em defesa da democracia e da Constituição de 1988. A ideia é promover o diálogo entre diversas visões democráticas nos estados e na União para a criação de novas frentes políticas.

    O manifesto pretende expandir sua influência regionalmente, promovendo um debate amplo com a sociedade civil e buscando uma saída negociada para a crise institucional. Segundo Tarso Genro, o objetivo não é interferir nos partidos, mas estimular reflexões no eleitorado.

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