Lula cobra mais empenho de ministros em momento de crise na relação com o Congresso
Presidente cobrou empenho dos ministros na negociação com deputados e senadores para a aprovação das propostas prioritárias para o Executivo
247 - O presidente Lula (PT) de pronunciou em relação às previsões negativas sobre a economia brasileira, desafiando os "pessimistas" com uma projeção otimista para 2024. Em um evento de lançamento do programa "Acredita", nesta segunda-feira (22), Lula falou não só sobre economia, mas também sobre a necessidade de uma melhor articulação política com o Congresso.
Enquanto enfrenta uma crise na relação entre Executivo e Legislativo, Lula convocou seus ministros a intensificarem o diálogo com deputados e senadores para garantir a aprovação das medidas prioritárias do governo. "O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington [Dias], o Rui Costa, passam a maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B". O presidente enfatizou que essa é a essência da política, e a falta de empenho compromete os resultados, destaca o g1.
Notavelmente ausente de suas menções, porém, estava Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, cujo papel é crucial na comunicação entre o Executivo e o Legislativo. Nas últimas semanas, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, expressou publicamente sua insatisfação com Padilha, chamando-o de "incompetente" e "desafeto pessoal". Em resposta, Padilha optou por não entrar em confronto direto, enquanto Lula declarou que manteria Padilha no cargo.
A tensão política atingiu seu ápice na última sexta-feira (19), quando o presidente convocou uma reunião de emergência com líderes governistas do Congresso para buscar soluções para a crise. Após o encontro, Padilha negou a existência de uma crise, afirmando que as dificuldades estavam sendo superadas.
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