Pacheco é "homem-bomba" contra Lula e age como Eduardo Cunha, diz ex-porta-voz de Dilma
Thomas Traumann afirma que as ações do presidente do Senado representam uma ameaça significativa à estabilidade fiscal do país
247 - O jornalista Thomas Traumann, que foi ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no governo Dilma Rousseff, fez uma série de críticas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em seu mais recente artigo na revista Veja.
No artigo, Traumann classifica Pacheco como um "homem-bomba" com o poder de causar sérios danos aos planos do governo do presidente Lula.
O artigo analisa as ações recentes de Pacheco, apontando-o como uma ameaça significativa à estabilidade fiscal do país. O presidente do Senado, que busca manter uma imagem pública positiva, está por trás de propostas financeiramente arriscadas, incluindo aumentos salariais automáticos para juízes e promotores e uma onerosa renegociação da dívida de Minas Gerais. Suas iniciativas financeiras, se aprovadas, poderiam desestabilizar a economia nacional, enquanto suas propostas de segurança pública poderiam levar a prisões superlotadas e conflitos institucionais, escreve Traumann.
Além disso, Pacheco adota uma postura populista em finanças e uma abordagem que agrada à base bolsonarista em questões de costumes, buscando apoio político para futuras campanhas eleitorais. Seus movimentos políticos são vistos como táticas arriscadas que podem prejudicar tanto a administração do presidente Lula quanto suas próprias ambições de se tornar governador de Minas Gerais em 2026. As críticas incluem o risco de seus planos alimentarem instabilidade econômica e desgaste político.
"A sua fixação em controlar o Judiciário atrai o STF para um confronto institucional. Se fizesse metade do que faz Pacheco, Eduardo Cunha teria derrubado Dilma Rousseff em menos tempo", escreve o articulista.
"Sem chance de se reaproximar do bolsonarismo e reduzindo as chances de sucesso de Lula, Pacheco atua como o dono de um dispositivo nuclear, ameaçando detonar uma bomba caso seus pedidos não sejam atendidos. Ele parece não ter avaliado o risco de ajudar a eleger Alcolumbre presidente do Senado e, depois, virar governador de Minas. Mas vai governar sobre uma terra arrasada", escreve.
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