'Temos dois inimigos para enfrentar em 2025: a extrema-direita e este cerco do mercado ao governo Lula', diz Lindbergh
Deputado denuncia manobras do mercado e ataques da extrema direita para desestabilizar o governo Lula e impedir avanços econômicos e sociais
247 - Em entrevista concedida ao Bom Dia 247, da TV 247, neste domingo (29), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fez duras críticas ao que classificou como uma "campanha deliberada" do mercado financeiro contra o governo do presidente Lula (PT). Segundo Lindbergh, o objetivo é desgastar a gestão petista e impedir que ela alcance resultados econômicos expressivos em 2025. Ele apontou dois principais desafios para o próximo ano: a extrema direita e o cerco liderado pelo mercado.
O Brasil fecha o ano de 2024 com números extraordinários, destacou o parlamentar. "Eles falavam que a economia no primeiro ano do governo Lula ia crescer 0,8%. Cresceu 3,2%. Este ano vai crescer mais de 3,5%, podendo chegar perto de 4%. Além disso, temos o menor desemprego da história, 6,1%. Pobreza: tivemos 8,7 milhões de pessoas saindo da pobreza. A renda, que é o que sobra para a pessoa, o dinheiro no bolso do trabalhador, subiu 11%”, destacou o deputado.
Apesar disso, Lindbergh acusa o mercado financeiro, liderado por figuras como Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, de criar uma "crise artificial" para enfraquecer o governo. Ele mencionou a mudança na meta de resultado primário como o estopim para a pressão econômica. "No dia 15 de abril, o governo decidiu alterar a meta do resultado primário para o próximo, 2025, de um superávit de 0,5% para 0. Porque o próprio mercado achava que ia ter um déficit de 0,7%. Então o governo ajustou um pouco a sua previsão. A partir daí começou uma campanha deliberada feita pelo Roberto Campos Neto. Nesse mesmo dia, ele dá uma entrevista dizendo que por o governo ter mexido nesta meta, isso teria consequências em relação à política monetária. E começa uma campanha diária. Então veja: a partir das declarações do Campos Neto, em uma semana a previsão de Selic, que era de 9%, foi para 9,5%, depois para 10%... Então foi tudo construído, pelo Roberto Campos Neto, em conluio com o mercado".
Lindbergh ainda citou os ataques especulativos contra o real como parte da campanha contra o governo. A desvalorização da moeda brasileira, segundo ele, faz parte de uma estratégia para desestabilizar Lula e evitar que ele chegue forte às eleições de 2026. "Eles estão querendo cercar o governo, quase como assumindo um papel de disciplinador: ‘você tem que fazer o que eu digo que tem que fazer, se não a crise aumenta’".
"O objetivo deles também é político", alertou o deputado. "Eles querem tentar impor uma derrota ao presidente Lula. Eles não podem deixar que o presidente Lula tenha o mesmo resultado na economia que teve em 2003 e 2024 em 2025".
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