Centrão pressiona Lula por ministério no Planalto em troca de maior governabilidade

247 - Líderes do Centrão sugeriram ao presidente Lula (PT) ocupar um cargo em um dos ministérios do Palácio do Planalto em troca de garantir maior governabilidade e melhorar a relação com o Congresso, informa o g1. Esses ministérios são conhecidos por ficarem no Planalto, mesmo prédio do gabinete presidencial, e seus ministros são considerados os mais próximos do presidente.

Esse grupo de ministério inclui Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Relações Institucionais, Secretaria de Comunicação Social (Secom) e Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Os partidos do Centrão avaliam que um nome fora do PT em um desses cargos melhoraria as condições de diálogo com o Legislativo. Lula já foi comunicado dessa ideia.

Entre os deputados do Centrão, existe a reclamação de que os atuais ministros palacianos não repassam ao presidente os termos de negociações com os deputados, o que acaba gerando desgastes na relação entre Executivo e Legislativo. 

Nesta semana, o governo anunciou trocas na Secretaria de Comunicação Social. O marqueteiro Sidônio Palmeira ocupou a Secom no lugar do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Pimenta é um dos cotados para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Márcio Macedo. Com a exceção do GSI, todos os ministérios do Planalto são ocupados por nomes ligados ao  PT.

As pastas mais cobiçadas pelo Centrão são a Secretaria-Geral da Presidência e a Secretaria de Relações Institucionais. No caso da Secretaria-Geral, a pasta tem a atribuição de cuidar da relação do governo com movimentos sociais. No entanto, lideranças do Centrão afirmam que isso pode mudar, já que em outros governos, a pasta tratavam também da articulação política. Nesse sentido, a presença de um nome do grupo na pasta melhoraria a governabilidade. Entre os cotados, além de Pimenta, estão o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Já no caso das Relações Institucionais, existem poucas sinalizações de que o atual ministro, Alexandre Padilha (PT-SP), deixe a pasta. No entanto, os deputados do Centrão lembram de um movimento que Lula fez em seu segundo mandato, quando nomes fora do PT ocuparam o cargo.