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    Disputa pelo comando do Republicanos expõe racha entre bispos da Universal

    Honorilton Gonçalves estaria articulando o afastamento de Marcos Pereira

    Presidente do Republicanos, Marcos Pereira (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A intensa disputa pelo controle do Republicanos, partido político ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, ganhou novos contornos com a entrada de mais um nome influente na briga interna: o bispo Honorilton Gonçalves, ex-vice-presidente da Rede Record. Segundo reportagem de Gilberto Nascimento no PlatôBR, Gonçalves estaria articulando, junto a outros líderes da igreja, a saída do atual presidente da legenda, o bispo e deputado federal Marcos Pereira (SP).  

    O Republicanos, fundado em 2003, tornou-se uma força política significativa sob a liderança de Pereira, que assumiu a presidência em 2016. Atualmente, o partido conta com dois governadores — Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Wanderlei Barbosa, de Tocantins —, além de quatro senadores, 44 deputados federais e milhares de prefeitos e vereadores em todo o Brasil. Esse crescimento consolidou Pereira como uma figura central, mas também gerou atritos internos.  

    Conflito de interesses - A reportagem aponta que o bispo Honorilton Gonçalves, atualmente responsável pela Igreja Universal no Rio de Janeiro, deseja expandir sua influência política no estado e vê no controle do Republicanos um caminho estratégico. Segundo aliados de Marcos Pereira, Gonçalves teria convencido Renato Cardoso, genro de Edir Macedo e vice-líder na hierarquia da Universal, a apoiar a tentativa de afastar Pereira do comando da legenda.  

    Os bastidores indicam que a disputa reflete um embate maior dentro da Universal: enquanto Pereira busca ampliar a base do Republicanos com nomes fora da igreja, Gonçalves e outros bispos defendem um alinhamento mais rígido com a instituição religiosa. A decisão de abrir o partido para candidatos seculares, implementada por Pereira com o aval de Edir Macedo, foi crucial para o crescimento da legenda, mas incomodou setores mais conservadores.  

    Apoio de Macedo em xeque - Apesar das manobras para retirá-lo do cargo, Marcos Pereira sustenta que tem o apoio de Edir Macedo para continuar na presidência do partido. “Se ele pedir, eu saio”, afirmou Pereira em conversas com colegas da igreja. 

    Repercussões políticas - O fortalecimento do Republicanos no cenário nacional tem implicações profundas. Sob a liderança de Pereira, o partido se tornou uma peça-chave para alianças políticas em governos estaduais e no Congresso, consolidando sua relevância no jogo eleitoral. Contudo, a disputa interna ameaça dividir forças e expor vulnerabilidades que podem impactar a legenda nas próximas eleições.  

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