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    Empresários golpistas presos por 8/1 pagaram policial para ter regalia na Papuda

    Policial penal é acusado de coordenar esquema de corrupção que beneficiava detentos com comunicação ilícita e outros privilégios

    Golpistas invadem a praça dos Três Poderes (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 - O policial penal Rafael da Conceição Barretto está no centro de um escândalo de corrupção que envolve detentos do Complexo Penitenciário da Papuda, incluindo empresários presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo apurações divulgadas pelo portal Metrópoles, Barretto é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de utilizar chantagem emocional e manipulação para obter vantagens financeiras de presos e seus familiares.

    A investigação, conduzida no âmbito da Operação Vili Pretio, deflagrada pela Polícia Federal em julho de 2023, revela detalhes do esquema coordenado pelo policial. Barretto teria utilizado informações sensíveis sobre o estado de saúde dos presos para pressionar seus familiares. Mensagens com tom apelativo e de urgência eram enviadas, levando os parentes a cederem às exigências financeiras do agente.

    Entre os casos identificados, está o do empresário Adauto Lúcio Mesquita, do ramo atacadista. Sua esposa recebeu mensagens de Barretto sobre o estado emocional do marido, acompanhadas de pedidos de dinheiro. Situação semelhante foi enfrentada pelo filho e pela esposa do pecuarista Jorginho Cardoso de Azevedo, que foram pressionados a conceder empréstimos ao policial. Durante as apurações, a PF descobriu que Barretto obteve um empréstimo de R$ 25 mil de um amigo de Jorginho.

    O esquema também incluía a facilitação de comunicação ilícita entre os detentos e seus familiares. Segundo as investigações, Barretto permitia que presos utilizassem mensagens de áudio e videochamadas em troca de pagamentos, bens e até mesmo um veículo.

    Acusações graves e perda de cargo

    Rafael Barretto enfrenta acusações de corrupção passiva majorada, prevaricação, comércio ilegal de artefatos bélicos e lavagem de dinheiro. O MPF também solicitou que, em caso de condenação, o policial perca seu cargo público. Outros envolvidos no esquema estão sendo investigados por facilitação de regalias e lavagem de dinheiro.

    A Operação Vili Pretio segue apurando a extensão do esquema e os demais benefícios concedidos aos presos mediante pagamento. As acusações reforçam a importância de mecanismos mais rigorosos para coibir a corrupção no sistema penitenciário, especialmente em um cenário onde os presos deveriam estar sob vigilância constante e livre de privilégios.

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