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      'Lei da Reciprocidade' racha o PL na Câmara e irrita grupo de Eduardo e Jair Bolsonaro

      Grupo mais bolsonarista critica colegas que votaram com o governo Lula e acusa PL de fragilizar a oposição

      Donaldo Trump e Eduardo Bolsonaro (Foto: Joyce N. Boghosian/White House)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A lei de retaliação comercial a países que impuserem barreiras econômicas ao Brasil, apelidada de “Lei da Reciprocidade”, escancarou mais um racha dentro do PL, partido de Jair Bolsonaro. A medida teve apoio do governo Lula (PT) e também da maioria dos parlamentares do PL, o que irritou a ala mais fiel ao bolsonarismo raiz — especialmente os aliados de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que enxergam na iniciativa uma afronta direta ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

      Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, A lei, que permite ao Brasil adotar sanções contra países que não mantenham isonomia comercial, foi interpretada como uma resposta ao anúncio de novas taxações feitas por Trump a nações estrangeiras. Mesmo com a resistência inicial, Bolsonaro acabou cedendo às pressões do líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que argumentou que barrar o projeto seria prejudicial à imagem da legenda diante do agronegócio — um dos principais pilares de sustentação do ex-presidente.

      Apesar do recuo, o desconforto permanece evidente entre os aliados de Eduardo Bolsonaro. Eles alegam que a adesão da bancada a um projeto apoiado por Lula mina a credibilidade do partido enquanto força de oposição. A crítica é direta: “vai colocar gasolina na fogueira”, dizem os parlamentares contrários à medida, sugerindo que a proposta pode alimentar tensões comerciais e provocar uma guerra tarifária com os Estados Unidos.

      Um dos principais argumentos desse grupo é que o Brasil sequer figura entre os países mais afetados pela nova política tarifária de Trump, o que tornaria a retaliação desproporcional e contraproducente. Para os deputados mais próximos de Eduardo, a decisão da maioria dos colegas reflete não apenas uma concessão ao governo, mas também um sinal de fraqueza política que compromete o discurso bolsonarista de enfrentamento direto à gestão petista.

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