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    Mauro Cid implica Braga Netto em tentativa de golpe

    O tenente-coronel forneceu a investigadores da PF novas informações envolvendo o general nas articulações golpistas feitas durante o governo Bolsonaro

    Mauro Cid, Augusto Heleno e Walter Braga Netto, três indiciados pela PF (Foto: Agência Senado | ABR)

    247 - O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, afirmou nesta quinta-feira (21) que, durante o governo do ex-presidente, ocorreu uma reunião no apartamento de Braga Netto para discutir uma tentativa de golpe. O Supremo Tribunal Federal manteve o acordo de delação premiada com o militar, após ele fornecer novas informações envolvendo o general nas articulações golpistas. Essa foi a segunda vez em oito meses que Cid, preso duas vezes, foi chamado a prestar esclarecimentos à Polícia Federal, segundo reportagem do portal UOL.

    No inquérito sobre o plano golpista, a PF indiciou Bolsonaro, Braga Netto, Mauro Cid e outras 34 pessoas, incluindo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno. Segundo os investigadores, o objetivo da trama ilegal era assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

    Filiado ao PL, Braga Netto foi ministro da Defesa no período 2021-2022 e também foi ministro-chefe da Casa Civil (2020-2021), dois cargos durante o governo de Jair Bolsonaro. 

    Em depoimento à PF, Mauro Cid negou ter conhecimento do plano de assassinatos. Entretanto, mensagens apagadas por ele e posteriormente recuperadas pela investigação indicaram sua participação no monitoramento dos passos de Alexandre de Moraes.

    O ex-ajudante de Bolsonaro foi preso duas vezes. A primeira prisão ocorreu em maio de 2023, durante as investigações de um esquema de fraude no cartão de vacinação que teria beneficiado Bolsonaro. Ele foi liberado em setembro do mesmo ano, após firmar um acordo de delação premiada.

    A segunda prisão aconteceu em março de 2024, por crime de obstrução de Justiça, após a divulgação de áudios em que o militar criticava o ministro Alexandre de Moraes e afirmava que os investigadores estavam com uma "narrativa pronta" sobre os fatos que ele deveria relatar.

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