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Padrinho da candidatura de Hugo Motta defende Bolsonaro elegível e impeachment de ministros do STF

'Se [os ministros do STF] não diminuírem esse excesso de protagonismo, essa situação [será] a grande pauta da eleição para o Senado', disse Ciro Nogueira

Hugo Motta (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

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247 - O senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais líderes do centrão e padrinho da candidatura do deputado Hugo Motta à presidência da Câmara, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que acredita na possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) voltar a ser candidato à Presidência da República em 2026, apesar dos obstáculos jurídicos que o ex-mandatário enfrenta. Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas Nogueira disse confiar que a situação pode ser revertida, seja por meio do Judiciário ou por uma eventual anistia concedida pelo Congresso. "Todo mundo acha que o Bolsonaro vai ser candidato", afirmou.

Na entrevista, Nogueira negou que Bolsonaro tenha condicionado o apoio à candidatura de Motta à presidência da Câmara desde que ele levasse à votação o projeto que trata da anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro do ano passado. “Não. Defendeu que o presidente da Casa coloque em votação as matérias, independentemente de ser governo ou oposição. E essa matéria de 8 de janeiro é uma delas”, disse Nogueira.

Ainda segundo o senador, Bolsonaro “[pediu] ao Hugo que não utilize a questão de ser governo ou oposição para evitar que matéria seja colocada em plenário, e nisso está incluído o 8 de janeiro. É o correto, tem que colocar as matérias para serem votadas, independentemente do posicionamento dele. Se não for votada este ano, não tem por que o Hugo deixar de colocar as matérias para serem votadas em plenário”, completou.

Para o senador, se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não adotarem uma postura mais moderada, o impeachment de integrantes da Corte poderá se tornar uma pauta central nas eleições para o Senado em 2026. "Tenho alertado que, se eles [os ministros do STF] não diminuírem esse excesso de protagonismo, se não encerrarem esse inquérito [das fake news], essa situação [será] a grande pauta da eleição para o Senado. Vai ser muito ruim. Espero que não aconteça. Ninguém vai se eleger senador, fora do Nordeste, sem se manifestar por conta do impeachment. Vai ser uma loucura, você não tem ideia do que vai acontecer”.

“Não tem sentido um inquérito ficar aberto cinco anos. Ele [o ministro Alexandre de Moraes] tem de encerrar esse inquérito, eu faço um apelo a ele, é bom para o próprio Supremo. Tenho certeza que os ministros não apoiam isso publicamente para não ser contra o ministro Alexandre. Mas eu não conheço ninguém que defenda isso", disse Nogueira em referência ao inquérito das Fake News.

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