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    Para 43% dos deputados, relação do governo Lula com o Congresso não é boa, indica pesquisa Quaest

    Levantamento aponta que para 64% dos deputados, o governo dá menos atenção do que deveria aos parlamentares

    Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

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    247 - Pesquisa realizada pelo instituto Quaest e divulgada nesta quarta-feira (22) indica que a relação entre o governo Lula (PT) e o Congresso é avaliada negativamente por 43% dos deputados federais. A pesquisa, que ouviu 183 parlamentares entre 29 de abril e 20 de maio, aponta ainda que 33% consideram a relação regular, enquanto apenas 22% a classificam como positiva. Um percentual de 2% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

    A margem de erro do levantamento é de 4,8 pontos percentuais para mais ou para menos, o que indica que os percentuais se mantiveram estáveis em relação à primeira rodada da pesquisa, divulgada em agosto de 2023, segundo o UOL. A amostra foi definida seguindo a divisão da Câmara por região e o grupo ideológico dos partidos, diz o instituto.

    De acordo com a pesquisa, 64% dos deputados acreditam que o governo dá menos atenção do que deveria aos parlamentares, em contraste com 27% que consideram a atenção adequada. Mesmo que 77% dos deputados tenham sido recebidos por ministros, somente 44% relataram que seus pedidos foram atendidos.

    Alexandre Padilha (PT), ministro das Relações Institucionais, foi apontado como o interlocutor mais efetivo do governo, com 12% dos deputados indicando-o como seu ponto de contato. No entanto, 43% dos parlamentares afirmaram não ter um ponto de contato específico com o Executivo federal.

    Embora 49% dos deputados digam que seus partidos fazem parte do governo, apenas 39% se consideram alinhados com a administração federal. A política econômica do país é vista de maneira crítica por 55% dos entrevistados, que acreditam que está indo na direção errada, enquanto 40% consideram que está no rumo certo. Um pequeno percentual de 5% não souberam ou não responderam à questão.

    A confiança na capacidade do governo de aprovar sua agenda legislativa também diminuiu. Em agosto de 2023, 56% dos deputados acreditavam que o governo conseguiria aprovar suas propostas; agora, esse número caiu para 47%.

    Entre os projetos com maior chance de aprovação estão a reforma tributária, com 58% de aprovação entre os parlamentares, e a regulação dos trabalhadores de aplicativos, com 32%. Já a PEC do Quinquênio - de interesse do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) -, que prevê aumento salarial para juízes, e a reforma administrativa são vistas como menos prováveis, com apenas 17% e 13% de chance de aprovação, respectivamente. 

    A meta de déficit zero, uma das promessas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é vista com ceticismo por 80% dos deputados, que não acreditam que o governo conseguirá cumpri-la. No primeiro trimestre, as contas públicas registraram um déficit de R$ 1,5 bilhão.

    Quanto à preocupação do governo com a inflação, a percepção dos parlamentares está tecnicamente empatada. 54% acreditam que o governo está preocupado com a inflação, enquanto 44% discordam. A margem de erro de 4,8 pontos percentuais para mais ou para menos mantém as duas opiniões em equilíbrio.

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