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PGR é contra a soltura de delegado Rivaldo Barbosa: 'mantém relações ilícitas com os principais milicianos do Rio'

De acordo com a Procuradoria, o delegado ajudou no planejamento do assassinato de Marielle Franco e tentou atrapalhar a investigação do caso

Rivaldo Barbosa e Marielle Franco (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Bernardo Guerreiro/Mídia NINJA)

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247 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, emitiu posição contrária à soltura do delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ter ajudado no planejamento do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Os dois foram mortos por integrantes do crime organizado em um lugar sem câmeras na região central da capital fluminense.

De acordo com a PGR, o delegado ajudou no planejamento do crime e tentou atrapalhar a investigação do caso. Gonet afirmou que o delegado "mantém relações ilícitas com os principais milicianos e contraventores do Rio de Janeiro". "Sua libertação, aliada ao poderio econômico de que dispõe e dos contatos com as redes ilícitas existentes no Município do Rio de Janeiro, poderá frustrar a própria aplicação da lei penal e comprometer a instrução criminal", escreveu, segundo o portal Uol.

Preso em 24 de março, Barbosa era chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro à época do homicídio. Junto com ele foram presos o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCE-RJ) Domingos Brazão.

O advogado de Rivaldo Barbosa, Marcelo Ferreira, afirmou que seu cliente é inocente, e "não oferece qualquer risco à ordem pública". "A defesa confia na justiça que há de ser feita pelos ministros do STF, não só para conferir a Rivaldo Barbosa o direito de responder ao processo em liberdade, mas, principalmente, para restabelecer a dignidade", disse.

A ex-vereadora criticava a atuação de milícias e fazia denúncias contra a violência policial nas favelas. Investigadores apuram se a causa do assassinato foram os interesses de Marielle contrários à exploração imobiliária ilegal apoiada pelos irmãos Brazão na Zona Oeste do município do Rio.

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Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco. Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA

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