PGR se manifesta contra soltura do general Mário Fernandes, investigado no inquérito da trama golpista
A defesa do militar havia pedido a revogação da prisão preventiva
247 - A Procuradoria-Geral da República enviou um parecer ao Supremo Tribunal Federal afirmando ser contrária à soltura do general Mário Fernandes. Ele foi um dos 40 indiciados pela Polícia Federal no inquérito sobre a trama golpista. A defesa do militar havia solicitado a revogação da prisão preventiva. Ele está detido no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, o ex-“número 2” da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) foi idealizador do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como objetivo os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Além do general, a PF indiciou Jair Bolsonaro e ex-ministros, como Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Oliveira (Defesa). Também foram indiciados nomes como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.
Durante o seu governo, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem que o Judiciário atrapalhava a gestão dele, que também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições de 2022.
Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), afirmou que o então mandatário teria consultado os três comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado em uma reunião privada, no Palácio da Alvorada, logo após a derrota nas urnas em 2022.
Atualmente, Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023. O motivo foram as declarações de cunho golpista em 2022, quando o político da extrema-direita afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes. Também naquele ano eleitoral, o TSE multou o partido de Bolsonaro em R$ 22,9 milhões por questionar a confiança das urnas.
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