Relatório da PF sobre trama golpista intensifica pressão para barrar PL da anistia no Congresso
Parlamentares do MDB e do PSD pressionam pelo arquivamento da proposta
247 - Lideranças do Congresso Nacional avaliam que a divulgação do relatório da Polícia Federal sobre o inquérito do golpe pressiona os lideres do Congresso a a barrarem a anistia de golpistas. A expectativa é de que Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favoritos para vencerem a eleição na Câmara e no Senado, não cedam à pressão do bolsonarismo pelo avanço do PL da Anistia e enterrem a pauta.
Segundo O Globo, a pressão para que a anistia aos golpistas seja arquivada não é feita somente por parlamentares de esquerda. Integrantes do União Brasil, MDB e PSD avaliam que não há clima para discutir o assunto no curto prazo e que a anistia ficará travada pelo menos até 2025. No Senado, integrantes do MDB dependem que Alcolumbre assuma um compromisso público contra pedidos golpistas.
Da mesma forma, o PSD, que é maior bancada do Senado e o partido presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, é contra discutir anistia e disse que as articulações para um golpe “não foram um momento isolado”. “Isso não foi um ato isolado, teve um planejamento. Se não tivesse sido o comandante do Exército e da Aeronáutica, poderíamos estar vivendo um momento terrível no país”, disse o líder do PSD, Omar Aziz.
Na Câmara, a proposta de anistia encontra dificuldades desde que foi transferida para uma comissão especial, uma manobra articulada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que evitou sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC). Petistas pressionam Hugo Motta para que o colegiado sequer seja instalado, e, nos bastidores, há pouco entusiasmo entre os partidos para discutir o tema.
O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), que chegou a apoiar o avanço da proposta na CCJ, mudou sua postura após perder força como possível candidato à presidência da Casa. O deputado Rodrigo Valadares (União-SE), relator da proposta na CCJ, reconheceu que a posição de Nascimento agora é de neutralidade. “Não diria que ele mudou de posição, mas que está neutro. Até porque não está nas mãos dele o assunto”, afirmou Valadares.
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