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    Debate em São Paulo é marcado por 'temperatura' mais baixa e isolamento de Marçal, que muda estratégia

    Candidato do PRTB adotou versão mais moderada por estar em queda nas pesquisas

    Debate entre candidatos a prefeito de São Paulo (Foto: Reprodução/YouTube/SBT News)

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    247 - No debate promovido pelo SBT nesta sexta-feira (20), a temperatura foi -pelo menos um pouco - mais baixa em comparação aos encontros anteriores, relata o UOL. Pablo Marçal (PRTB), um dos candidatos mais polêmicos, foi isolado por seus adversários e só entrou no centro das discussões após 23 minutos do início do programa. Com uma postura mais moderada, o influenciador tentou reposicionar sua imagem, depois de cair nas pesquisas e aumentar seu índice de rejeição. O primeiro confronto direto com Marçal aconteceu apenas na quinta rodada de perguntas, quando a candidata Tabata Amaral (PSB) o questionou sobre educação.

    Os primeiros minutos do debate seguiram um ritmo mais tranquilo, com Guilherme Boulos (Psol) abrindo as perguntas ao questionar José Luiz Datena (PSDB) sobre o papel das guardas municipais na patrulha Maria da Penha. Em seguida, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) abordou Boulos sobre questões climáticas, enquanto Marina Helena (Novo) direcionou sua pergunta a Nunes sobre zeladoria. Datena e Tabata debateram a saúde nas escolas. Marçal foi deixado de lado até o momento em que César Filho, apresentador do debate, indicou que Tabata deveria, obrigatoriamente, perguntar ao candidato do PRTB.

    Tabata não poupou críticas, acusando Marçal de fazer promessas ilusórias. “Pablo Marçal é como o jogo do tigrinho, promessas fáceis que podem até atrair quem está desiludido, mas que lascam com a vida das pessoas”, afirmou a candidata.

    Marçal, em sua tréplica, tentou suavizar o tom das discussões, acusando Tabata de ter "baixado o nível do debate" e pedindo perdão aos eleitores, segundo o Metrópoles. "Minha tentativa até o último debate foi expor o caráter de cada um", declarou o candidato, argumentando que não adianta ouvir propostas de candidatos que, segundo ele, não têm estabilidade emocional ou espiritual. Essa foi uma mudança em relação ao tom agressivo que marcou sua participação em debates anteriores.

    Mudança de postura e desempenho nas pesquisas

    A nova postura adotada por Marçal parece ser uma resposta direta ao seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto. No último levantamento do Datafolha, divulgado na quinta-feira (19), ele aparece com 19% das intenções, atrás de Ricardo Nunes (27%) e Guilherme Boulos (26%), e enfrentando um índice de rejeição que subiu para 47%. 

    Marçal foi uma figura central de controvérsias em debates anteriores, incluindo uma troca acalorada com Datena no debate da TV Cultura, em que o candidato do PRTB acusou o apresentador de ser "estuprador", em referência a um processo arquivado. Datena, visivelmente irritado, atirou uma cadeira contra Marçal, gerando ampla repercussão. Esses episódios ajudaram a consolidar a imagem de Marçal como um candidato provocador e explosivo, algo que ele agora tenta suavizar em busca de recuperação nas urnas.

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