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'Já era, aconteceu. Não tem o que fazer', diz PM após sargento matar aposentado em São Paulo

Disparo acidental resultou na morte do aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, que passava pelo local a caminho de uma farmácia no bairro do Tatuapé

(Foto: Reprodução/Câmera Corporal PM)

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247 - Imagens de uma câmera corporal capturaram o momento em que o sargento Roberto Márcio de Oliveira, de 49 anos, dentro de uma viatura, apontou sua arma para dois homens em uma moto, descumprindo protocolos ao manter o dedo no gatilho. A viatura freou bruscamente, provocando um disparo acidental que resultou na morte do aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, que passava pelo local a caminho da farmácia no bairro do Tatuapé, em São Paulo 

As imagens, obtidas pelo Metrópoles, mostram o sargento discutindo com o colega, sargento Pimentel, que tentou acalmar Roberto após o disparo fatal. "Calmo não dá para ficar né. Na real, agora calma, já era, aconteceu. Não tem o que fazer", afirmou Roberto. A ocorrência foi registrada no dia 7 de maio.

A câmera corporal de Roberto também mostra um socorrista realizando massagem cardíaca em Clóvis, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O vídeo também revela policiais revisando um celular, possivelmente tentando acessar o aplicativo que grava as imagens das câmeras corporais para revisar o momento do disparo.

O vídeo do disparo foi anexado ao processo sem áudio, diferentemente do registro posterior ao incidente. Embora o sargento Pimentel tenha minimizado o ocorrido, afirmando que "acontece", a Justiça Militar considerou a ação de Roberto "precipitada" e "desastrada".

O juiz Ronaldo João Roth destacou falhas operacionais graves na conduta de Roberto e declarou a "incompetência da Justiça Militar" para julgar o caso, que será transferido para a Justiça comum. A decisão judicial enfatiza a utilização inadequada da técnica tática conhecida como "terceiro olho", onde o policial alinha a arma com a direção de seus olhos.

Ainda segundo a reportagem, “em uma abordagem de rotina, porém, esse procedimento não é recomendado pelo ‘método Giraldi’, cartilha de protocolos desenvolvida para diminuir a letalidade policial”.

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