Lindbergh diz que Mauro Cid 'omitiu novas provas' e critica declarações de Flávio Bolsonaro
O deputado também repudiou um projeto que prevê anistia para participantes dos atos golpistas
247 - O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) escreveu nesta quarta-feira (20) uma mensagem apontando que o tenente-coronel Mauro Cid omitiu informações a investigadores da Polícia Federal quando prestou depoimentos para falar do plano golpista arquitetado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A trama envolvia os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, indicaram as investigações da PF.
"Absurdo! Segundo o relatório da Polícia Federal, um militar ligado ao Bolsonaro tentou sequestrar Alexandre de Moraes no final de 2022! Sem anistia! Lugar de golpista é na cadeia! Alexandre de Moraes intimou Mauro Cid a depor nesta quinta-feira! O depoimento será pra explicar o porquê de ele ter omitido as novas provas encontradas!", afirmou Lindbergh na rede social X.
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid vai depor no Supremo Tribunal Federal nesta quinta (21). Em delação, o tenente havia dito que o ex-mandatário consultou comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe de Estado, após a derrota nas urnas em 2022.
Deputado do PT do Rio de Janeiro, Lindbergh também comentou sobre declarações do senador Flávio Bolsonaro (PL), que tentou defender o pai, Jair, das investigações da PF. "Planejar o assassinato de um presidente eleito, de seu vice e de um Ministro do STF não são crimes? Imprimir o plano no Palácio do Planalto não é? Ajustar o atentado na casa do ex-ministro do pai dele não é? Na cabeça do criminoso, nada é crime", publicou o petista.
O filho de Bolsonaro havia comentado sobre a Operação Contragolpe, da PF. "Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um 'gabinete de crise' integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam??? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes", continuou.
"Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas".
Uma das linhas de investigação é a conexão do plano golpista com as manifestações terroristas do 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O PT e o Psol protocolaram na Câmara dos Deputados um pedido para arquivar o Projeto de Lei conhecido como PL da Anistia, proposta de autoria de Rodrigo Valadares (União-SE), que pretende anistiar (perdoar) os participantes daquela invasão à Praça dos Três Poderes.
O STF já emitiu mais de 260 condenações das 1.390 denúncias feitas pela PGR no inquérito dos atos golpistas de 2023, quando bolsonaristas invadiram as estruturas do Congresso, do Planalto e do Supremo.
Atualmente, Jair Bolsonaro está inelegível por fake news em 2022, quando fez uma acusação sem provas e afirmou a embaixadores em Brasília (DF) que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes. Partidos de oposição, estudiosos e ativistas denunciaram tentativa de golpe na época.
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