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    Marçal nomeou como representante legal empresário acusado de integrar quadrilha de megatraficante de cocaína

    Segundo as investigações, Florindo Miranda Ciorlin colaborava com traficantes na aquisição e ocultação de aeronaves usadas para o transporte de drogas

    Pablo Marçal no debate da Band (Foto: Reprodução Band)

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    247 - O candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) está envolvido em mais uma polêmica, desta vez por ter nomeado um empresário acusado de integrar uma organização criminosa liderada por um megatraficante para representá-lo junto a órgãos do governo federal. Florindo Miranda Ciorlin, empresário e piloto, foi designado por Marçal para atuar como procurador em processos relacionados à sua empresa de aviação, relata Tácio Lorran, do Metrópoles. Ciorlin é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de colaborar com traficantes na aquisição e ocultação de aeronaves usadas para o transporte de drogas.

    Marçal assinou a procuração que deu poderes a Florindo em outubro de 2021, quando o empresário já havia sido preso pela Polícia Federal (PF) e denunciado pelo MPF por sua participação na organização criminosa. Uma pesquisa simples na internet revelaria o histórico criminal do piloto, que já era réu na Justiça Federal de Mato Grosso.

    Embora Marçal não seja citado nas investigações da PF, a assinatura da procuração demonstra uma ligação direta do candidato com o empresário.

    Além de Marçal, Marcos Paulo de Oliveira, sócio do candidato na Aviation Participações LTDA, também assinou o documento. A procuração nomeia a empresa Preflight Serviços Aeronáuticos LTDA, de propriedade de Florindo e seu irmão, Ewerton Miranda Ciorlin, para representar a Aviation Participações junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

    A procuração concede a Florindo poderes amplos, permitindo-lhe realizar todas as ações necessárias para a obtenção de documentos referentes à aeronave de prefixo PR-FAC, um jatinho de propriedade de Marçal avaliado em R$ 9,13 milhões. O avião foi usado pelo candidato durante sua campanha presidencial de 2022, quando tentou concorrer à Presidência da República antes de ter sua candidatura retirada.

    Operação Grão Branco

    Florindo e seu irmão foram alvos da Operação Grão Branco, deflagrada pela PF em abril de 2021, que desmantelou uma quadrilha de tráfico de drogas liderada por Ary Flávio Swenson Hernandes. Florindo é acusado de atuar na compra e regularização de aeronaves para o transporte de cocaína. Segundo a PF, ele usava documentos falsos e “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários dos aviões.

    O relatório da PF revela que Florindo tinha plena consciência de que as aeronaves que ajudava a adquirir eram usadas para o tráfico de drogas. Ele também manifestou interesse em conhecer pessoalmente o líder da organização criminosa. Apesar das graves acusações, Florindo e sua empresa continuam em operação.

    O que diz a defesa

    Os advogados de Florindo afirmam que o empresário estava apenas cumprindo sua função profissional e que as acusações do MPF se baseiam em “achismos e convicções” infundadas. A defesa alega que todas as transações foram feitas de acordo com padrões legais e que as interceptações telefônicas usadas pela PF foram irregulares.

    Pablo Marçal e sua equipe não se manifestaram sobre as acusações de vínculo com o empresário.

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