Mesmo com aumento na letalidade policial em SP, Tarcísio elogia forças policiais e diz que vai manter Derrite no cargo

247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou nesta quarta-feira (18) a atuação das forças policiais do estado e sinalizou que pretende manter o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), para a segunda metade de seu mandato, que começa em janeiro de 2025. A declaração foi feita durante um evento no Palácio dos Bandeirantes, com a presença de secretários, deputados aliados e outros convidados.

“Nós temos uma excelente Polícia Militar, uma excelente Polícia Civil, que têm produzido muito. Infelizmente, há desvios de conduta e eles serão severamente punidos. Esses desvios não podem ser confundidos com a ação policial de muitos profissionais que estão arriscando suas vidas para proteger a sociedade”, afirmou o governador, citando números como 168 mil prisões em 2024, 200 toneladas de drogas apreendidas e 36 mil agentes nas ruas diariamente, destaca o jornal O Globo.

As declarações ocorrem em meio à crescente pressão sobre o governo paulista devido a denúncias de abusos cometidos por policiais militares. Casos recentes incluem flagrantes de violência, como um homem arremessado de uma ponte na capital paulista. As estatísticas reforçam a gravidade da situação: as mortes por intervenção policial mais que dobraram durante a gestão Tarcísio, somando 676 entre janeiro e outubro deste ano, em comparação a 331 no mesmo período de 2022.

Mesmo diante desse cenário, Tarcísio optou por não substituir nenhum integrante do alto comando da Polícia Militar. Ele também manteve Derrite no cargo, apesar das polêmicas envolvendo sua trajetória como ex-tenente da Rota, unidade conhecida por sua letalidade.

“O que afasta o policial do cidadão é o desvio de conduta, e isso não vamos tolerar. A corrupção é intolerável, e quando for identificada será punida tanto na esfera administrativa quanto na penal. Não vamos encobrir nada, passar pano em nada, tolerância zero”, ressaltou o governador.