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      Ministros de Lula pedem desculpas a Castro por não ter sido convidado para reunião do G20

      Governador do Rio de Janeiro considera superada a crise institucional deflagrada pelo chanceler Mauro Vieira

      Cláudio Castro (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      Por Ricardo Bruno, Agenda do Poder - O governo federal se retratou com o governador Cláudio Castro pela descortesia do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao não convidá-lo para participar das cerimônias do G 20, realizadas no Rio, em novembro do ano passado. Na última quinta-feira, 03/04, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniram com Castro, no Palácio do Planalto, para formalmente, em nome do presidente Lula, repararem a deselegância do chanceler.

      Costa e Gleisi não só pediram escusas como fizeram questão de afirmar que o comportamento do ministério das Relações Exteriores no episódio fora absolutamente impróprio e politicamente equivocado. Amistosa, a conversa distensionou as relações institucionais entre o governo do Rio e o Palácio do Planalto.

      Como resultado imediato, acertaram a participação de representantes do Rio nas reuniões preliminares para a preparação do encontro do Brics, programado para julho também no Rio. A Casa Civil, e não mais o ministério das Relações Exteriores, conduzirá os preparativos internos, com entes públicos locais, para a reunião do bloco.  Antecipadamente, Castro foi convidado para o painel central do encontro.

      – Aceitei o pedido de desculpas e considero superado o rompimento institucional que havia declarado após o inaceitável ato de má educação do embaixador com o governador do Rio, estado anfitrião do G 20 – comentou Castro, em conversa com a Agenda do Poder.

      Indignado com o tratamento que lhe fora dispensado, Castro deixou de comparecer a todos os atos do governo federal no Rio. Em fevereiro último, o presidente Lula chegou a se queixar da ausência do governador na cerimônia de inauguração da nova emergência do Hospital de Bonsucesso.

      “O governador foi convidado e não veio. Mas ele foi convidado. Não quero saber de que partido é o governador, de que religião ele é, qual time que ele torce. Quero saber que, bem ou mal, eles são eleitos pelo povo”, disse o presidente.

      Aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro, Castro está pronto para retomar as relações institucionais com o governo federal e, se convidado, comparecerá novamente às agendas de Lula no Rio.  Considera encerrado o agravo à figura institucional do governador.

      A habilidade política da dupla Gleisi/Costa foi decisiva para encerrar um incidente diplomático desnecessário provocado por um ministro cujo trabalho deveria ser o de preservar e construir pontes no relacionamento institucional. Ao ignorar a figura pública do governante fluminense, eleito por fração majoritária de sua população, Mauro Vieira mirou em Cláudio Castro mas, ao fim e ao cabo, atingiu o estado do Rio de Janeiro.

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