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    MP-SP cobra explicações de Derrite sobre uso de helicóptero da PM e hangar público

    Denúncia feita pela bancada do PT na Alesp aponta possível uso indevido de recursos públicos pelo secretário estadual de Segurança Pública

    Guilherme Derrite (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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    247 - O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu que o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, preste esclarecimentos sobre o uso de um helicóptero Águia e de um hangar da Polícia Militar (PM), após denúncia apresentada pela bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), destaca a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de Paulo. 

    O pedido do MP foi feito após a revista Piauí publicar, em dezembro do ano passado, uma reportagem apontando que Derrite utilizou um helicóptero Águia da PM para transportar a mulher grávida de um amigo do aeroporto de São Roque, a 53 km da capital paulista, até o Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, durante o feriado de 7 de setembro. 

    A revista também apontou que Derrite viajou do sul da Bahia para São Paulo em um jato particular do ex-deputado federal Guilherme Mussi. O avião teria ficado estacionado por 24 horas no pátio da PM no aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital.

    Diante dessas informações, o líder do PT na Alesp, deputado Paulo Fiorilo, apresentou uma representação ao MP-SP solicitando a investigação de possíveis irregularidades administrativas e criminais. Para ele, o uso de bens públicos para fins pessoais viola princípios constitucionais como impessoalidade e moralidade administrativa.

    Em nota, o MP-SP afirmou que não há uma investigação formal em andamento, mas confirmou que solicitou esclarecimentos preliminares ao secretário sobre o conteúdo da denúncia. “Houve, em caráter preliminar, solicitação de informações ao secretário da Segurança Pública sobre o teor da representação do deputado”, informou o órgão.

    A Secretaria de Segurança Pública respondeu alegando que todas as viagens realizadas por Derrite em compromissos oficiais seguiram os requisitos legais. Quanto aos deslocamentos pessoais, a pasta argumentou que eles ocorreram de forma privada e não geraram custos ao erário. “Em todos os casos, não há conflito com o interesse público”, concluiu.

    Especialistas consultados afirmam que o uso de aeronaves e instalações públicas para fins particulares pode configurar improbidade administrativa, se comprovado o desvio de finalidade. O caso agora depende da análise do MP-SP e de uma possível abertura de inquérito formal.

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