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No 4º dia de apagão, São Paulo amanhece com 250 mil imóveis sem energia elétrica

Moradores protestam e governo federal pressiona Enel por soluções mais rápidas para a crise

Apagão em São Paulo (Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil)

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247 - A cidade de São Paulo e a região metropolitana enfrentam, nesta terça-feira (15), o quarto dia seguido de apagão, com cerca de 250 mil imóveis ainda sem energia elétrica, conforme confirmado pela Enel, a distribuidora responsável pelo fornecimento, relata o Metrópoles. A situação, que teve início após o forte temporal que atingiu o estado na sexta-feira (11), afeta principalmente a capital paulista, com destaque para a zona sul da cidade. Moradores, indignados com a demora na solução, realizaram protestos, com bloqueios de vias e panelaços para cobrar o restabelecimento da energia.

A crise vai além da falta de eletricidade. Muitas regiões também enfrentam desabastecimento de água. Segundo boletim divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na noite de segunda-feira (14), a normalização do abastecimento de água está em andamento, mas de forma gradual, especialmente nas áreas mais afetadas, como Capão Redondo, Jardim Antártica e Jardim Peri, além de cidades da Grande São Paulo como Cotia e Santo André.

Além dos transtornos gerados pela falta de energia e água, o estado de São Paulo registrou um saldo trágico de sete mortes em decorrência das chuvas. De acordo com a Defesa Civil, três pessoas perderam a vida em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e uma na capital paulista.

O caos no trânsito da capital paulista também foi agravado pela queda de semáforos. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que 187 equipamentos foram desligados, e, até a manhã desta terça-feira, 48 ainda permaneciam fora de operação. A CET mobilizou equipes para ajudar na segurança e na fluidez do trânsito, principalmente nas regiões com maior fluxo de veículos.

Repercussão e resposta das autoridades - Diante da pressão popular e das críticas crescentes à atuação da Enel, o governo federal entrou em cena para cobrar soluções mais rápidas. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), deu um prazo de três dias para que a distribuidora resolva os problemas mais críticos. 

O presidente Lula (PT) também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) realize uma auditoria sobre o processo de fiscalização da Aneel em relação ao apagão. O advogado-geral da União, Jorge Messias, informou que o governo estuda uma ação por dano moral coletivo contra a Enel, devido à resposta insuficiente da empresa.

Esforços para restabelecer a energia - Em resposta à gravidade da situação, a Enel reforçou sua equipe com eletricistas de concessionárias de diversos estados do Brasil e também recrutou técnicos de suas unidades no Chile, Itália, Espanha e Argentina. A força-tarefa montada para enfrentar a crise inclui empresas como CPFL, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light e Energiza.

Embora o prazo estabelecido pelo governo termine na quinta-feira (17), a população de São Paulo ainda convive com a incerteza sobre quando a energia será totalmente restabelecida. Para muitos moradores, a espera já é longa demais, e a paciência está se esgotando. Os protestos nas ruas refletem essa insatisfação, e a cobrança por uma resposta definitiva da Enel e das autoridades responsáveis cresce a cada dia.

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