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    Pacote climático de Tarcísio foca em enchentes e deslizamentos, mas ignora secas

    Há uma década, em 2014, São Paulo enfrentou uma das piores crises hídricas de sua história

    Tarcísio de Freitas (Foto: Francisco Cepeda/Governo do Estado de SP)

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    247 - No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na quarta-feira (5), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentou um pacote de medidas climáticas com o objetivo de mitigar os impactos das mudanças climáticas no estado. Segundo o Metrópoles, embora a proposta inclua diversas ações para evitar enchentes e deslizamentos de terra, um tema crítico ficou em segundo plano: a prevenção de secas.

    Há uma década, em 2014, São Paulo enfrentou uma das piores crises hídricas de sua história. O baixo volume de chuva nas regiões de mananciais levou ao racionamento de água, deixando a população da Grande São Paulo dias sem água nas torneiras e forçando o governo a utilizar o volume morto dos reservatórios. A memória da crise ainda está fresca, mas as novas medidas parecem não dar a devida atenção ao risco de novas secas.

    O pacote anunciado pelo governo inclui:

    • Investimentos na limpeza de rios: Aumento do volume de resíduos sólidos retirados, principalmente do Rio Pinheiros, em São Paulo.
    • Construção de aterros sanitários: Programa de integração entre consórcios intermunicipais e o setor privado.
    • Facilitação de investimentos privados: Um decreto para permitir maior participação de capital privado em projetos de mitigação climática.
    • Alerta de desastres: Instalação de sirenes para alertar moradores de áreas de risco sobre desastres iminentes.

    Durante a coletiva de imprensa, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, foi questionada sobre a ausência de medidas significativas contra as secas. Ela reconheceu a sensibilidade do tema e ressaltou a escassez hídrica na região metropolitana de São Paulo, que dispõe de apenas 143 m³ de água por habitante ao ano, um décimo do recomendado pela ONU.

    Resende mencionou o plano regional de gestão da água, aprovado pela nova Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae), que contempla a segurança hídrica até 2060. Segundo ela, o plano detalha as ações necessárias para cada região prevenir a escassez de água.

    Ações Futuras

    Entre as iniciativas citadas pela secretária estão:

    • Construção de novas barragens: Retomada da licitação para construir duas barragens no sistema da Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
    • Parceria Público-Privada (PPP): Planos para uma PPP na operação das represas estaduais, visando aumentar a capacidade de armazenamento de água.

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