Protesto contra o aumento da passagem nos transportes públicos reúne 2 mil pessoas no centro de São Paulo
Manifestantes se reuniram em frente à sede da Prefeitura para criticar o aumento e cobrar implantação da tarifa zero
Brasil de Fato - Cerca de 2 mil de manifestantes estiveram nesta quinta-feira (9) em frente à sede da Prefeitura de São Paulo para protestar contra o aumento das passagens do transporte público na capital paulista.
Com o lema "Transporte não é mercadoria. Transporte é nosso direito", o ato convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contou com a participação de entidades estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras organizações.
O protesto se concentrou no Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura. Uma catraca foi incendiada em frente à prefeitura pelos manifestantes, que carregavam cartazes pedindo passe livre no transporte e criticando o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
De lá, os manifestantes caminharam pelas ruas do centro, passando pela Praça da República e encerrando o protesto no Vale do Anhangabaú.
O valor da passagem passou de R$ 5 para R$ 5,20 no metrô e trem. Já a passagem do ônibus na capital passou R$ 4,40 para R$ 5.
De acordo com o site G1, por volta das 19h40, a Polícia Militar, com a presença do Batalhão de Choque, fez um cordão para bloquear a passagem da manifestação em direção ao Terminal Bandeira e à estação Anhangabaú da Linha-3 do Metrô. Representantes da Defensoria Pública presentes conversaram com a PM e negociaram a liberação da passagem. O ato se encerrou por volta das 20h, de forma pacífica.
Na contramão - O protesto foi convocado no último dia 26, data em que a prefeitura anunciou o aumento. O reajuste de 13,6% da taxa cobrada para passar pela catraca do ônibus é o maior feito na capital paulista nos últimos 10 anos.
A prefeitura de Ricardo Nunes afirma que o aumento tarifário está abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste feito em 2020, em torno de 32%. "Caso a tarifa considerasse a recomposição da inflação, passaria dos R$ 4,40 para no mínimo R$ 5,84", diz a administração municipal.
Já o MPL-SP argumenta que a subida do preço vai na contramão do avanço do debate sobre o direito à cidade e de um cenário no país onde 118 municípios têm algum tipo de tarifa zero.
Em São Paulo, parlamentares do Psol tentaram evitar o reajuste por meio de um Ação Popular. Mas uma decisão do Tribunal de Justiça derrubou a liminar que pedia a suspensão do reajuste e classificou como legal o aumento da passagem.
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