“Resposta de sangue”: PCC elabora plano para assassinar policiais

247 - Um manuscrito apreendido em uma cela da Penitenciária de Presidente Venceslau (SP) menciona um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC), intitulado “resposta de sangue”. O documento detalha ações coordenadas para ataques violentos a agentes públicos e tentativas de desestabilizar o sistema prisional. Investigações indicam que a facção planejava executar três alvos específicos, descritos como “tiranos”. Sediado no estado de São Paulo, o PCC tem atuação em mais de 20 unidades federativas. 

O caso foi investigado no âmbito da Operação Scream Fake, deflagrada nesta terça-feira (14). Ao todo, 12 pessoas foram presas, incluindo três advogados apontados como integrantes da facção criminosa. Os mandados de prisão preventiva, além de buscas e apreensões domiciliares, foram cumpridos em nove cidades: Flórida Paulista, Presidente Prudente, Irapuru, Presidente Venceslau, Ribeirão Preto (SP), Sorocaba (SP), Guarulhos (SP), São Paulo (SP) e Londrina (PR).

De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (15) na coluna de Mirelle Pinheiro, o bilhete foi encontrado na cela de um presidiário identificado como Luis Alberto dos Santos Aguiar Junior. O documento indicava o uso da ONG Pacto Social & Carcerário como ferramenta estratégica para legitimar as ações da facção.

Em 2023, durante uma vistoria de rotina no pavilhão A, raio I, agentes penitenciários flagraram Luis Alberto tentando destruir parte dos manuscritos, que continham termos como “sintonia dos gravatas” e “apoio resumo da externa”. Essas expressões sugerem uma coordenação direta entre a liderança do PCC dentro e fora dos presídios.