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Veja o resumo do 1º debate em São Paulo após soco de assessor de Marçal em marqueteiro de Nunes

Candidatos à prefeitura de São Paulo trocam acusações em clima tenso no primeiro debate após incidente de agressão nos bastidores

Debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/YouTube/Jornal da Record)

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247 - O debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo promovido pela TV Record neste sábado (28) foi marcado por acusações e tensão, relata a CNN Brasil. Foi o primeiro debate desde o episódio de agressão que envolveu um assessor de Pablo Marçal (PRTB) e o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB). O confronto físico, que aconteceu nos bastidores do debate anterior, intensificou o tom das discussões e polarizou ainda mais as campanhas de Nunes e Marçal. Além disso, Guilherme Boulos (Psol) foi alvo de diversos ataques, sendo constantemente mencionado pelos adversários ao lado de Nunes, os dois líderes nas pesquisas de intenção de voto.

Marçal abriu o debate relembrando o tema que havia causado a confusão anterior: supostos desvios em contratos de merendas escolares. Ele questionou o prefeito Nunes sobre o caso, mencionando que a Polícia Federal indiciou 117 pessoas. Nunes, que não está entre os indiciados, respondeu enfaticamente: “minha vida é limpa e continuará limpa para sempre”. As acusações sobre corrupção e má gestão continuaram a permear o debate, com os candidatos buscando desestabilizar seus adversários com denúncias e questionamentos.

Marina Helena (Novo), outra candidata à prefeitura, não deixou de criticar o atual prefeito, concentrando suas perguntas em possíveis fraudes em contratos públicos, enquanto José Luiz Datena (PSDB) atacou a gestão da segurança na cidade. “Como é que pode o cara fazer uma campanha para presidente dos Estados Unidos, como prefeito de São Paulo, com esse dinheiro todo que o Ricardo tem?”, ironizou Datena, fazendo referência aos altos custos da campanha de Nunes.

Críticas a Boulos e o tom de Tabata Amaral

Outro alvo frequente no debate foi Guilherme Boulos. Tabata Amaral (PSB) direcionou suas perguntas ao candidato do Psol, levantando temas polêmicos como a descriminalização das drogas e o posicionamento de Boulos em relação ao governo venezuelano. A deputada federal destacou a mudança de postura de Boulos em várias questões ao longo da campanha. “Agora diz que defende a lei do jeito que está [sobre o aborto]. Nesta semana, exatamente, mudou a sua posição em relação à Venezuela e diz agora, finalmente, que é uma ditadura”, afirmou Tabata.

Marina Helena também apontou incoerências entre o discurso de Boulos e o programa do Psol, intensificando a pressão sobre o candidato. Boulos rebateu as críticas e aproveitou seu tempo para atacar a administração de Ricardo Nunes, questionando a real situação dos serviços públicos municipais. “Você acha que a saúde de São Paulo está melhor ou pior?”, perguntou ele, dirigindo-se diretamente aos eleitores.

Agressões verbais e trocas de acusações

O debate também trouxe à tona discussões pessoais entre os candidatos. Marçal, que evitou o uso de apelidos depreciativos, referiu-se a Nunes apenas como "Ricardo", uma mudança de tom em relação aos debates anteriores. Em resposta, Nunes chamou Marçal de "Pablo Henrique" e aproveitou para relembrar a condenação do adversário por envolvimento em fraudes bancárias. “Você tem esse hábito… Já está bem conhecido por ser um mentiroso contumaz”, disse Nunes, destacando que nunca foi indiciado por qualquer crime, enquanto Marçal tem um histórico de condenações judiciais.

Marina Helena, por sua vez, aproveitou a oportunidade para pressionar o atual prefeito sobre o aluguel de veículos durante sua campanha. Nunes se defendeu, afirmando que não há qualquer irregularidade em sua administração.

Humor e tensão nas considerações finais

Nas considerações finais, Pablo Marçal, em um discurso mais informal, comparou os candidatos presentes a vendedores de carros usados, sugerindo que os eleitores deveriam avaliar bem em quem confiar. A fala gerou uma resposta irônica de Boulos: “Imagine comprar um carro usado do Marçal”, retrucou o candidato do PSOL.

No entanto, Marçal acabou sendo penalizado com a perda de 30 segundos de seu tempo por ter se referido a Boulos de forma pejorativa, chamando-o de "Boules", em referência à linguagem neutra. O candidato pediu desculpas pela ofensa, mas a punição foi mantida.

Segurança reforçada após incidente de agressão

Após o incidente da última segunda-feira (23), quando Nahuel Medina, assessor de Marçal, agrediu o marqueteiro Duda Lima, da campanha de Nunes, a organização do debate reforçou as medidas de segurança. Medina, proibido judicialmente de se aproximar de Lima, não compareceu ao evento. O marqueteiro, que sofreu um descolamento de retina por conta do soco, esteve presente no debate, mas não deu declarações à imprensa.

Para evitar novos confrontos, os candidatos chegaram ao local do debate em horários escalonados e passaram por detectores de metal. Além disso, os assessores e seguranças de cada candidato foram cuidadosamente monitorados. 

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