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    'Hora de separar as coisas', diz Pimenta em resposta às críticas por sua indicação para Secretaria Extraordinária do RS

    "Tenho excelente relação com Leite [governador Eduardo Leite] e prefeitos, nunca perguntei partido e vou seguir assim", garantiu o ministro

    (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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    247 - O ministro Extraordinário da Reconstrução, Paulo Pimenta (PT), nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para coordenar as ações federais no Rio Grande do Sul após as enchentes, defendeu sua escolha para o cargo e respondeu aos críticos que questionam sua atuação e possíveis aspirações políticas para 2026. De acordo com Pimenta, tais críticas são infundadas e provêm de pessoas que “não o conhecem”. 

    "Tenho excelente relação com Leite [governador Eduardo Leite (PSDB)] e prefeitos, nunca perguntei partido e vou seguir assim. Sou político? Sou político. Assim como Leite e prefeitos, mas agora é separar as coisas e reagir de forma institucional", disse Pimenta à coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1. O ministro é apontado como pré-candidato ao governo do estado gaúcho em 2026, mas, de acordo com a reportagem, sua intenção é disputar uma vaga ao Senado. 

    Na quarta-feira (16), poucas horas após Pimenta ter sido confirmado no novo cargo, opositores manifestaram preocupações com a escolha, temendo uma suposta intensificação da polarização política. Em resposta, o ministro afirmou compreender as críticas, mas acredita que o “tempo vai mostrar” que sua missão é ajudar o povo gaúcho, em colaboração com o governador e as prefeituras.

    Ainda segundo a reportagem, fontes do governo indicam que a nova pasta estima que os projetos desenvolvidos em conjunto com outros ministérios serão aprovados em um período de quatro a seis meses. Após esse período, Pimenta pretende retornar ao comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

    Sua primeira agenda como ministro, na noite da quarta-feira (15), incluiu uma reunião de trabalho no Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, em Rio Grande (RS), onde foram discutidas as operações de salvamento e de infraestrutura com o comando da Marinha.

    Nesta quinta-feira (16), ele se reúne com prefeitos da região metropolitana para discutir um plano emergencial para os municípios afetados pelas chuvas. O ministério ainda está trabalhando para estabelecer sua sede no Rio Grande do Sul, que deverá ser em um prédio federal.

    Uma fonte ligada à nova pasta delineou três frentes de atuação: relação com o governo estadual, relação com as prefeituras e articulação com diferentes órgãos de governo. O objetivo é estabelecer metas em conjunto com diversos ministérios para reconstruir os serviços essenciais. Segundo essa fonte, o presidente Lula está empenhado em realizar um amplo estudo para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. 

    O governo assegura que o ministério terá uma estrutura técnica para acompanhar os projetos de outros ministérios e orientar as prefeituras, destacando que não se trata de um ministério executor, mas sim de formulação, coordenação e articulação das ações governamentais.

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