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    Vereador filho do prefeito de Porto Alegre é afastado por suspeita de corrupção

    Pablo Melo é suspeito de intermediar compras ilícitas realizadas plea Secretaria da Educação

    Sebastião Melo e Pablo Melo (Foto: Reprodução / Redes sociais)

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    247 - O vereador Pablo Melo (MDB) foi afastado de sua função pública na Câmara Municipal de Porto Alegre após solicitação da Polícia Civil no âmbito de uma operação que apura suspeitas de corrupção na Secretaria Municipal da Educação (Smed), informa o G1. Pablo é filho do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), reeleito nas eleições municipais de outubro.

    As investigações suspeitam que Pablo Melo intermediou compras supostamente ilícitas realizadas pela Smed. O caso foi descoberto após desdobramentos de uma denúncia feita pelo Grupo de Investigação da RBS (GDI), que apontou um suposto desperdício de material escolar em depósitos e escolas.

    As reportagens revelaram que houve direcionamento das compras da Smed para um certo grupo econômico. Houve vendas de cerca de 500 mil livros didáticos e de literatura e de 104 laboratórios de ciências e matemática à Smed ao custo de R$43,2 milhões. A apuração da Polícia Civil suspeita que agentes públicos tenham se beneficiado com vantagens indevidas nas negociações.

    Além de Pablo Melo, a Polícia Civil cumpriu dois mandados de afastamento, do ex-vereador Alexandre Bobadra (PL) e de Mateus Viegas Schonhofen, que ocupa Cargo em Comissão (CC) na Procuradoria-Geral do Município (PGM). Foram cumpridos também dois mandados de prisão contra Reginaldo Bidigaray, que também é  CC na PGM, e o advogado Maicon Callegaro Morais, que já atuou no Departamento Municipal de Habitação (Demhab) de Porto Alegre e que atualmente não exerce função pública.

    O mandado de afastamento por 180 dias foi cumprido nesta terça-feira (12). Também existem mandados de busca e apreensão contra o vereador, que estava em Brasília durante o dia. Em nota, Pablo Melo disse estar surpreso e indignado com a decisão, mas garantiu que vai cumprir a ordem judicial.

    "Recebo com surpresa e indignação a informação de que, por decisão judicial, estou sendo afastado das funções públicas pelo prazo de 180 dias. Tenho vida pública e partidária há mais de 20 anos, sem qualquer tipo de ação ou conduta que desabone minha trajetória. Caso isso seja confirmado, cumprirei a decisão, me colocando à disposição para qualquer tipo de esclarecimento", diz a nota do vereador.

    Já a Prefeitura de Porto Alegre afirma que deu início às apurações por determinação do prefeito e dividiu todas as informações com órgãos de controle e segurança. "A gestão repudia qualquer malfeito com dinheiro público e seguirá atuando em plena colaboração com as investigações", disse o comunicado.

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