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Seis pacientes de transplante são diagnosticados com HIV após receberem órgãos infectados no RJ

Polícia abriu investigação para apurar o caso

Médicos durante procedimeno cirúrgico (Foto: Divulgação)

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Reuters - Seis pacientes de transplantes realizados no Estado do Rio de Janeiro foram diagnosticados com HIV após receberam órgãos infectados, e a polícia abriu uma investigação para apurar o caso, informaram autoridades estaduais nesta sexta-feira.

"A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera o caso inadmissível. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados", informou a pasta em comunicado, acrescentando que a situação é sem precedentes.

O serviço de transplantes do Rio de Janeiro começou em 2006 e já beneficiou mais de 16 mil pessoas, segundo o governo fluminense.

A Secretaria de Saúde informou que um laboratório particular contratado por concorrência para analisar e fazer exames nos órgãos doados para transplante teve o contrato suspenso após o caso. O Hemorio passará a fazer os exames dos órgãos doados para transplantes, acrescentou.

As autoridades do Rio de Janeiro agora investigam se mais pessoas receberam órgãos contaminados.

"A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório. Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis", afirmou a pasta.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. As apurações começaram após denúncia feita por um transplantado, que, após ter problemas de saúde, passou por uma bateria de exames e descobriu que se tornou portador de HIV.

"A Delegacia do Consumidor (Decon), que tem entre suas atribuições a apuração de casos de saúde pública, já realiza diligências. A investigação está em andamento", disse a Polícia Civil em nota.

Uma fonte da área de saúde governo fluminense disse que o erro grave pode afetar um programa que até agora era considerado uma referência.

"O perigo está na credibilidade, é isso que tem que se tentar contornar. O Rio foi o Estado que mais cresceu em transplantes. Se minar a credibilidade, o número de doadores pode cair", afirmou.

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