247 - O Departamento de Justiça dos EUA decidiu pedir a pena de morte para Luigi Mangione, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealth Group, confirmou a procuradora-geral Pamela Bondi nesta terça-feira (1). A informação foi reportada originalmente pela Reuters.
Mangione, que já havia se declarado inocente nas acusações estaduais de assassinato qualificado e porte ilegal de armas, agora responde também a um processo federal pelo mesmo crime. Enquanto a lei de Nova York não permite a pena capital — limitando-se à prisão perpétua —, a jurisdição federal abre a possibilidade de execução. A defesa não se manifestou sobre a decisão.
O crime ocorreu no ano passado, quando Thompson foi morto a tiros em Nova York. As acusações sugerem premeditação, base para enquadrar o caso como terrorismo no âmbito estadual.
<h3>Entenda o caso</h3>
Em 4 de dezembro de 2024, Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, foi assassinado a tiros em frente ao hotel New York Hilton Midtown, em Manhattan. O suspeito, identificado como Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso cinco dias depois em Altoona, Pensilvânia, portando uma pistola impressa em 3D, um silenciador caseiro e uma identidade falsa. Além disso, carregava um manifesto criticando o sistema de saúde dos EUA e as seguradoras. ​
Mangione enfrenta acusações estaduais e federais, incluindo homicídio como ato de terrorismo e uso de arma de fogo, podendo resultar na pena de morte. A procuradora-geral dos EUA, Pamela Bondi, instruiu os promotores federais a buscarem a pena capital.&nbsp;

Luis Mauro Filho

Luigi Mangione, o jovem de 26 anos acusado de matar o CEO da UnitedHealthcare no ano passado, comparece a audiência processual. 

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Mundo

Justiça dos EUA busca pena de morte a Luigi Mangione por assassinato de CEO da UnitedHealth

247 – O brutal assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, chocou os Estados Unidos, mas o que realmente surpreendeu foi a transformação de Luigi Mangione, o suspeito detido pelo crime, em um verdadeiro ícone nas redes sociais. Em uma <a href="https://www.lemonde.fr/pixels/article/2024/12/21/luigi-mangione-accuse-de-meurtre-et-heroise-sur-internet-autopsie-d-un-phenomene-viral_6461238_4408996.html">análise provocativa publicada pelo jornal Le Monde</a>, Marthe Aubineau explora como a idolatria a Mangione se espalhou virulenta pela internet, desafiando todas as expectativas sobre comportamento online e a glorificação de figuras controversas.
No dia 4 de dezembro, Brian Thompson, líder da UnitedHealthcare, principal seguradora de saúde dos Estados Unidos, foi assassinado a tiros em uma rua de Nova York. Cinco dias depois, Luigi Mangione foi detido na Pensilvânia e, em 17 de dezembro, formalmente acusado de homicídio com a agravante de "ato de terrorismo". Dois dias após a acusação, Mangione foi transferido para Nova York, onde compareceu pela primeira vez perante a justiça federal, em um deslocamento meticulosamente orquestrado pelas autoridades americanas.
O que poderia ter sido um caso comum de assassinato rapidamente tomou um rumo extraordinário. Mesmo antes da divulgação completa de sua identidade, Luigi Mangione foi elevado a uma espécie de herói nas plataformas online. O assassinato pelo qual ele é suspeito, que ele nega até o momento, passou a ser celebrado mais do que condenado.
Nas redes sociais, manifestações como baladas musicais no TikTok, playlists no Spotify, inúmeras piadas no X (antigo Twitter), fotomontagens e depoimentos emocionantes no Reddit, além de fanfictions no Archive of Our Own, transformaram o ato em uma fonte de entretenimento e satisfação para muitos internautas. O Facebook chegou a bloquear reações e comentários na postagem que anunciava a morte de Brian Thompson devido ao volume de respostas negativas. Até mesmo no LinkedIn, uma rede geralmente mais profissional, diversos usuários reagiram com emojis de riso à notícia.
Alex Goldenberg, analista do Network Contagion Research Institute (NCRI), que monitora ameaças online, observa que "normalmente, a glorificação de assassinos está restrita a certos cantos obscuros da internet, como os fóruns 4chan e 8chan". No entanto, em um relatório divulgado em 5 de dezembro, Goldenberg aponta que, das dez publicações com maior engajamento no X após a morte de Thompson, seis "expressam apoio implícito ou explícito ao assassinato ou depreciam a vítima". "O que é perturbador é que essa é a opinião majoritária", afirmou ao New York Times.
Este fenômeno levanta questões sérias sobre a influência das redes sociais no comportamento coletivo e a facilidade com que a desinformação e a idolatria podem se espalhar online. A transformação de Luigi Mangione de um suspeito de homicídio a uma figura admirada destaca a necessidade de uma reflexão profunda sobre a responsabilidade das plataformas digitais e a vigilância contínua sobre os discursos que circulam na internet.

Entenda como Luigi Mangione, que assassinou o CEO de um plano de saúde, virou um fenômeno viral na internet

247 - A prisão de Luigi Mangione, de 26 anos, sob suspeita de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, chocou uma das famílias mais tradicionais e influentes do Estado de Maryland, nos Estados Unidos, destaca a <a href="https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/12/quem-e-a-familia-de-luigi-mangione-suspeito-de-matar-ceo-em-ny-uma-das-mais-tradicionais-do-estado-de-maryland.ghtml">BBC News</a>. Os Mangione controlam um vasto império empresarial que inclui propriedades comerciais, country clubs, estações de rádio, campos de golfe, lares de idosos, hotéis e uma fundação filantrópica que leva o nome da família. A notícia do envolvimento de Luigi no crime foi recebida com incredulidade pela família, cuja história é marcada por realizações empresariais e benfeitorias sociais.
Investigações e Motivações
O crime ocorreu em 4 de dezembro, quando Thompson foi morto a tiros em frente a um hotel em Manhattan. Autoridades policiais ainda investigam as motivações do assassinato, mas encontraram com Luigi um manifesto escrito à mão, denunciando práticas de empresas do setor de saúde. Inicialmente, especulou-se que o assassino pudesse ser alguém afetado por decisões corporativas da UnitedHealthcare, mas essa hipótese se enfraqueceu diante da descoberta do envolvimento de Luigi, membro de uma família bilionária.
Após a prisão, o primo de Luigi, o parlamentar estadual Nino Mangione, publicou uma declaração oficial nas redes sociais. “Nossa família está chocada e devastada pela prisão de Luigi. Oferecemos nossas orações à família de Brian Thompson e pedimos que as pessoas orem por todos os envolvidos”, afirmou.
Origens da Fortuna
O império dos Mangione começou com Nicholas Mangione Sr., avô de Luigi, filho de imigrantes italianos da Sicília e veterano da Segunda Guerra Mundial. Nascido em 1925, Nick cresceu na pobreza no bairro de Little Italy, em Baltimore, mas construiu uma fortuna no setor imobiliário ao lado de sua esposa, Mary Cuba Mangione.
Ao longo das décadas, o casal adquiriu propriedades importantes, como o Turf Valley Country Club e o Hayfields Country Club, transformando-os em resorts e centros de eventos de luxo. Eles também compraram estações de rádio, incluindo a conservadora WCBM-AM 680.
Além dos negócios, os Mangione se destacaram por suas contribuições filantrópicas. Mary foi membro de diversos conselhos de instituições culturais e religiosas, como o Museu de Arte Walters e a Companhia de Ópera de Baltimore. Em reconhecimento ao seu trabalho, ela recebeu a Medalha Presidencial da Universidade Loyola de Maryland.
Impacto na Comunidade
Desde a prisão, repórteres e fotógrafos têm se reunido nos arredores do Hayfields Country Club, tentando obter declarações da família. O acesso ao local permanece bloqueado pela polícia.
A investigação continua, e as autoridades ainda tentam compreender o que levou um jovem privilegiado, com um histórico acadêmico e profissional exemplar, a se tornar o principal suspeito de um crime brutal que abalou o setor corporativo dos Estados Unidos.

Família Mangione: dos negócios milionários à prisão de Luigi, suspeito de assassinato de CEO em Nova York

Reuters – As autoridades de Nova York formalizaram, nesta segunda-feira (9), uma acusação de homicídio contra Luigi Mangione, suspeito de matar Brian Thompson, executivo da UnitedHealth, em um ataque premeditado em Manhattan. A captura do suspeito encerrou uma intensa caçada de cinco dias. Mangione, de 26 anos, foi localizado em Altoona, Pensilvânia, enquanto comia em um restaurante da rede McDonald's. Um cliente e um funcionário reconheceram o homem e acionaram a polícia. Segundo os agentes, ele estava mascarado, sozinho e com um laptop e mochila, e reagiu com nervosismo ao ser abordado.
Na mochila de Mangione, a polícia encontrou uma "arma fantasma" - fabricada com peças que dificultam o rastreamento -, um silenciador e outros itens que coincidem com os usados no crime. Além disso, foram apreendidos documentos falsos, uma quantia significativa de dinheiro e dispositivos eletrônicos que estão sendo analisados.
Motivação e histórico do suspeito
De acordo com Jessica Tisch, comissária da polícia de Nova York, foi encontrado um documento manuscrito que pode esclarecer as motivações de Mangione, que demonstrava "hostilidade contra o setor corporativo". Joseph Kenny, chefe de detetives do NYPD, apontou que a insatisfação do suspeito com o "corporativismo americano" pode ter impulsionado o crime.
Mangione é natural de Maryland, formou-se como orador oficial de sua turma em uma escola de elite em Baltimore e concluiu duplas graduações em engenharia pela Universidade da Pensilvânia, uma das Ivy League. Antes de sua prisão, ele residia em Honolulu, no Havaí.
O assassinato de Brian Thompson
Brian Thompson, de 50 anos, foi morto a tiros na manhã da última quarta-feira (4), enquanto chegava a um hotel em Manhattan. O assassino usava máscara e fugiu do local em uma bicicleta, depois pegando um táxi e um ônibus para escapar da cidade. As cápsulas das balas utilizadas no crime continham palavras gravadas como "negar", "defender" e "depor", uma possível alusão ao livro "Delay, Deny, Defend", que critica a indústria de seguros.
Thompson, CEO de uma unidade da UnitedHealth, era conhecido por sua trajetória de duas décadas na empresa. Ele estava em Nova York para uma conferência anual de investidores.
Impactos e reação pública
O caso reacendeu debates sobre práticas de seguradoras e o aumento nos custos de saúde nos Estados Unidos. Embora alguns comentários online tenham expressado frustração com as corporações do setor, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, rejeitou qualquer tentativa de justificar o crime. "Nos Estados Unidos, não matamos pessoas a sangue frio para resolver diferenças de opinião ou políticas", afirmou.
Enquanto a investigação segue, as autoridades estão analisando se Mangione agiu sozinho ou planejava outros ataques. O porta-voz da UnitedHealth expressou solidariedade à família de Thompson, destacando que sua morte representa "uma tragédia inimaginável".

Imagem divulgada pela Polícia de Nova York mostra o indivíduo procurado em conexão com o assassinato de CEO da UnitedHealthcare
05/12/2024

Suspeito de matar executivo da UnitedHealth em Nova York preparou manifesto contra o setor corporativo

<a href="https://www.infomoney.com.br/mundo/autoridades-prenderam-pessoa-ligada-ao-assassinato-do-ceo-da-unitedhealthcare/">Infomoney</a> - Uma “pessoa de interesse” foi detida para interrogatório nesta segunda-feira (9), no estado da Pensilvânia, por suposta ligação com o assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em uma rua de Nova York na semana passada.
O suspeito foi detido na cidade de Altoona e estava de posse de uma arma semelhante à usada no tiroteio da última quarta-feira, informaram o The New York Times e a NBC News, citando fontes anônimas.
Informações ainda não confirmadas apontam que o suspeito também estava de posse de um manifesto quando foi detido.
A descoberta veio no sexto dia de uma caçada envolvendo o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), o FBI e outras agências. As autoridades descobriram vários vídeos e fotos do suspeito, a partir dos quais desenvolveram uma linha do tempo precisa para detalhar como foi a fuga.
O homem foi identificado na segunda-feira com base em uma dica depois que ele foi visto em um restaurante McDonald’s por outro cliente, informou o NYT. Além da arma com um silenciador, a polícia encontrou cartões de identificação falsos semelhantes aos que as autoridades acreditam que o assassino usou em Nova York.
Segundo a mídia local, os mergulhadores da polícia de Nova York passaram grande parte do fim de semana procurando a arma do crime em um lago no Central Park.

Autoridades dos EUA prendem pessoa ligada ao assassinato de diretor da UnitedHealthcare

Nova York (Reuters) – Brian Thompson, CEO da unidade de seguros da UnitedHealth, foi morto a tiros no peito na manhã de quarta-feira em frente ao hotel Hilton, no centro de Manhattan, reportaram diversos veículos de mídia, citando fontes policiais.
O Departamento de Polícia de Nova York informou que um homem foi baleado em frente ao endereço do Hilton por volta das 6h40 (horário local, 1140 GMT) e foi declarado morto em um hospital próximo, mas não confirmou a identidade da vítima.
Investigadores disseram à CNN que o atirador ficou esperando na área por algum tempo antes da chegada de Thompson, e o New York Times relatou que a polícia acredita se tratar de um ataque direcionado.
A polícia ainda está à procura do suspeito, que fugiu a pé usando uma máscara preta e uma mochila cinza, segundo o Times.
O UnitedHealth Group estava realizando um evento para investidores agendado no Hilton na quarta-feira, mas o CEO Andrew Witty subiu ao palco cerca de uma hora após o início para anunciar o cancelamento do restante do programa.
“Estamos lidando com uma situação médica muito séria envolvendo um de nossos membros da equipe, e, como resultado, infelizmente teremos que encerrar o evento hoje,” disse o CEO Andrew Witty.
A UnitedHealth não respondeu a um pedido de comentário.
Thompson foi nomeado CEO da UnitedHealthcare em abril de 2021, após trabalhar na empresa desde 2004 em vários departamentos, segundo o site da empresa.
A UnitedHealthcare é uma unidade do UnitedHealth Group.

Policiais perto do local onde o CEO da United Healthcare, Brian Thompson, foi baleado e morto em Midtown Manhattan, na cidade de Nova York, EUA, em 4 de dezembro de 2024

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